Que belo trunfo da Mazda, este CX-60 Phev
Apresenta-se como SUV topo de gama, o primeiro plug-in da marca e o mais potente de sempre da Mazda. O CX-60 PHEV diz que não veio para brincar, quer conquistar os maiores galardões do mercado e, claro, reforçar vendas no segmento para o fabricante nipónico.
Chegou ao mercado português em Setembro, mas só o fui buscar para um fim-de-semana de estrada mais recentemente. Confesso que, do “alto” da minha pequena estatura, comecei por olhar para cima quando me aproximei do CX-60. Sim, é alto e grande. Só que assim como quer ganhar quota e vendas, também precisa de ganhar corações e vontades e, por isso, traz uma mão cheia de argumentos e depressa faz perceber que é grande em muito. Tanto assim é que em segundos estávamos a sair da garagem e a conduzi-lo como se fosse o nosso carro do dia-a-dia.
Há uns anos que a Mazda tem vindo a reforçar os seus valores e ADN, seja ao nível do design exterior como interior – partilhando o melhor do artesanato japonês -, assim como nas mais recentes inovações tecnológicas centradas no ser humano.
O design Kodo – o conceito japonês de Ma, reflexo da beleza calma e digna do espaço vazio – confirma-se também neste modelo, que de elegante tem tudo. SUV de motor dianteiro e tracção às rodas traseiras, o CX-60 PHEV é premium por fora e por dentro, com o design de interiores a introduzir o conceito Kaichou, onde mistura diferentes materiais e texturas como madeira de plátano, couro nappa, têxteis japoneses, além do conceito Musubu, a arte de encadernação que foi a inspiração para as costuras do painel de instrumentos.
“Também as tecnologias centradas no ser humano foram repensadas e refinadas para aperfeiçoar a experiência de condução Jinba-Ittai e, mais do que nunca, satisfazer as necessidades individuais do condutor”, partilha a marca.
Depois, destaque para o Mazda Driver Personalisation System (Sistema de Personalização do Condutor Mazda) que permite reconhecer o ocupante do banco do condutor, ajustando automaticamente o ambiente em seu redor (posição do banco, volante, espelhos, head-up display, configurações… Sim, assim que nos sentamos, dá-nos as boas vindas e pergunta-nos se o banco está na posição pretendida. Depois, é só deixar estar ou ajustar, claro!
Quis o construtor japonês que os bancos tornassem ainda mais fácil a cada ocupante manter o equilíbrio com o automóvel a circular e, isso, também se confirma em pouco tempo. De resto, numa viagem de centenas de quilómetros e com três passageiros, foi rápido perceber o conforto do habitáculo traduzido pelo seu espaço e materiais, com o passageiro do banco de trás a ter espaço quase para se deitar (caso o quisesse e fosse permitido, com é óbvio).
Claro que o modelo não podia brincar ao nível de equipamento de segurança e são vários os novos sistemas presentes.
Aplauso para o facto de – apesar da sua dimensão e peso – acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 5,8 segundos, atingindo uma velocidade máxima (limitada) de 200 km/h. Assim como uma salva de palmas quando se percebe que quando operando apenas com recurso a energia eléctrica, o novo PHEV da Mazda regista um consumo de combustível de apenas 1,5 l/100 km e as emissões de CO2 de apenas 33 g/km (valores combinados WLTP) – claro que tem que esquecer estes números se segue em auto-estrada! Até porque apenas permite uma autonomia de 60 km em modo eléctrico, circulando a 100 km/h ou menos.
Como mulher que sou, um obrigado à dimensão do porta-bagagens onde cabe tudo e mais alguma coisa.
É um belo trunfo este CX-60 Phev. Ah, e confirmo que nem parece que tem este tamanho todo…
Texto de M.ª João Vieira Pinto