Qual a importância do cultural branding para uma empresa?

Por Tiago Barquinha, CEO Mojobrands

A adopção de uma estratégia de criação de cultura interna – cultural branding – adequada pode ser a chave para conseguir aumentar a produtividade de uma empresa, assim como o employee engagement. Perceba como e porquê.

Cultural branding é uma expressão nova que pretende alertar para a importância das empresas criarem uma marca interna e para o impacto que esta pode ter no seu sucesso. O cultural branding é determinante para que uma empresa ou organização seja, ou não, bem sucedida. Quando a cultura interna de uma empresa não está alinhada com uma estratégia focada no sucesso é impossível que essa empresa atinja bons resultados.

Para ser eficaz, o cultural branding deve estar presente em todo o âmbito empresarial, dos funcionários aos valores da própria organização. Os seus objectivos devem passar por solucionar problemas, agir e melhorar sempre a experiência de quem trabalha na empresa, de forma a transformá-los em verdadeiros embaixadores.

Quando o cultural branding está verdadeiramente enraizado as empresas tornam-se em marcas icónicas que representam um propósito e estimulam emoções. O “segredo para o sucesso” está, assim, em conseguir desenvolver conteúdos que vão ao encontro dos valores culturais de todos os stakeholders e devem, especialmente, envolver os colaboradores.

Por tudo isto, o cultural branding deve construir-se entre a razão e a emoção, provando como uma dada empresa é tão necessária, quanto essencial, na vida de quem a constrói.

O que aprendemos com o conceito de cultural branding?

No momento de definir o cultural branding de uma empresa, é necessário entender que estamos perante uma nova realidade. Hoje em dia, são os colaboradores que escolhem as empresas e não os empregadores que escolhem os seus recursos.

Perante esta mudança de paradigma, é essencial que as empresas tenham uma cultura interna que crie uma imagem de marca atractiva e estimulante para que as novas gerações se identifiquem e queiram fazer parte da organização, que fiquem fidelizadas e que recomendem a empresa a outras pessoas. Assim, as empresas têm de repensar a sua forma de atrair talento, de contratar e de manter o talento nas suas fileiras.

O cultural branding tem uma relação estreita com a produtividade que representa um dos grandes desafios das empresas nacionais. Isto porque a produtividade das empresas portuguesas nunca ultrapassou os 70% da média europeia e a razão incide no facto de os trabalhadores estarem disengaged.

O cultural branding de uma empresa pode ser decisivo para inverter esta tendência. Basta que para isso sejam adoptadas as estratégias certas para que os funcionários vistam a camisola da organização.

Claro que para tal acontecer é necessário que a empresa esteja atenta às necessidades da sua equipa. Assim, de forma a converter os colaboradores em embaixadores da marca, é importante ter em conta aspectos como: promover uma maior harmonia entre o trabalho e a vida pessoal dos funcionários; investir nas ferramentas certas para melhorar a qualidade de trabalho dos funcionários; mostrar empatia.

Daí, o cultural branding ser essencial para construir o caminho para o desejado employee engagement. Os colaboradores querem trabalhar com um propósito e estão, inclusive, disponíveis para sacrificarem os seus rendimentos se se sentirem valorizados e se se identificarem com o propósito da empresa.

Como é que uma estratégia de Cultura Branding pode ajudar?

Este é um programa que promete solucionar o problema das empresas na sua raiz, ao focar no storytelling interno e actuando em 5 eixos estruturais: liderança, recursos humanos, comunicação, vendas e branding.

Ao aplicar este programa, alcança-se o employee engagement que, por sua vez, vai contribuir para a fidelização de mais clientes. Mas, para tal, é preciso haver uma aposta estratégica a nível da comunicação, quer interna, quer externa.

Por esse motivo, a marca deve criar uma narrativa que lhe permita comunicar de forma coerente para “dentro”, através do storytelling, newsletters, talks, etc, e para “fora”, através das redes sociais, brochuras, vídeos, etc.

Acredito que só a aposta em conteúdos que tenham por base crenças e valores culturais faz sentido e são o garante de uma eficácia não só a curto, como a longo prazo.

A experiência mostra-me que quando o conteúdo não é relevante, a optimização revela-se insignificante. Só as empresas com uma identidade cultural estruturada conseguem conectar-se com os colaboradores e com o público e ficar na sua memória.

A aposta exclusiva na eficácia e na optimização não é suficiente para produzir efeitos mais duradouros. É necessário planear como vamos acrescentar valor e ser diferente e é isso que o cultural branding pretende.

Se este assunto lhe interessa, entre em contacto comigo.

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