De uma unidade industrial em Aveiro a mais de 260 estações de serviço por todo o País, a PRIO construiu em quase duas décadas uma história de inovação.
Quando a PRIO nasceu em Aveiro, em 2006, trazia consigo uma ambição que muitos considerariam audaciosa: desafiar o sector energético português com uma alternativa nacional, inovadora e comprometida com a sustentabilidade. Miguel Rangel, director de Conveniência e Marketing da empresa, recorda esse momento fundador marcado por determinação e por uma crença inabalável. «Acreditávamos que era possível democratizar o acesso a combustíveis de qualidade a preços competitivos, enquanto investíamos desde cedo em soluções energéticas verdes», afirma.
Aquela que é hoje uma das principais marcas de energia do País começou com uma vocação industrial e de produção, centrada numa ambição clara: construir capacidade própria de produção de biocombustíveis e criar uma marca nacional capaz de integrar produção e distribuição. O Complexo de Novas Energias, em Aveiro, simboliza esse espírito empreendedor e continua a ser o coração da operação. Quase duas décadas depois, a PRIO lidera a transição energética acessível em Portugal e é a maior produtora nacional de biocombustíveis a partir de matérias-primas residuais, operando e abastecendo uma rede de mais de 260 estações de serviço de norte a sul do País, nas quais oferece não apenas combustíveis líquidos convencionais, mas também carregamento para veículos eléctricos e abastecimento de veículos a gás.
O percurso, porém, não foi linear. Miguel Rangel reconhece que a empresa enfrentou desafios estruturais típicos de quem nasceu com vocação industrial e rapidamente passou a ter presença nacional no retalho. Foi necessário dimensionar a capacidade industrial para responder a um mercado em crescimento e às metas de incorporação de biocombustíveis, o que implicou o aumento da capacidade de armazenamento e o desenvolvimento de uma operação logística robusta, com transporte multimodal e soluções mais sustentáveis. Actualmente, a PRIO é responsável por cerca de um terço das emissões de CO₂ evitadas no sector da mobilidade em Portugal, tendo assumido e superado o desafio de ser pioneira na produção nacional de biocombustíveis a partir de matérias-primas residuais, liderando a inovação com soluções como o ZERO Diesel B100 e o HVO.
A expansão da rede de estações de serviço traduziu na prática a democratização do acesso a combustíveis de qualidade. Ao passar de um player focado na produção de biocombustíveis para uma rede com mais de 260 estações, a PRIO conseguiu cobrir grande parte do território nacional continental, permitindo que consumidores de diferentes regiões tenham acesso a combustíveis de qualidade a preços competitivos. Miguel Rangel explica que a estratégia de crescimento reforça uma lógica de proximidade: quanto maior a rede, maior a capacidade de garantir preços competitivos e manter consistência de qualidade. Na afirmação “A prioridade é o preço”, a empresa reforça o seu compromisso com a poupança dos clientes, tornando a transição energética acessível a todos.
Mas a democratização do acesso não se fez apenas pela dimensão geográfica. A PRIO diferenciou-se ao colocar no mercado produtos inovadores como o ECO Diesel, que incorpora uma maior percentagem de biocombustíveis, reduzindo emissões de CO₂. Esta aposta antecipou tendências de transição energética e colocou soluções mais sustentáveis ao alcance do consumidor comum. Para o cliente, estas vertentes traduzem-se em liberdade de escolha, transparência e acesso a combustíveis com menor pegada ambiental.
DO COMPLEXO DE AVEIRO ÀS ESTRADAS
A visão inicial de uma empresa nascida em Portugal, com ADN inovador e sustentável, manteve-se viva porque foi sendo incorporada em todas as decisões estratégicas. A PRIO optou por produzir biocombustíveis a partir de matérias-primas residuais, criando um modelo de economia circular que a diferenciou no mercado. O Complexo de Novas Energias é o melhor exemplo desse compromisso: ali integram-se produção, armazenamento e logística, num ecossistema pensado para reduzir desperdício e emissões.
Miguel Rangel destaca que a empresa tem vindo a reforçar a utilização de energia de origem renovável no complexo – que já representa cerca de 20% do consumo total da unidade –, promovendo simultaneamente a recolha e valorização de óleos alimentares usados e de outras matérias residuais, integrando-os na produção de biocombustíveis avançados.
A inovação esteve sempre no centro desta visão, oferecendo aos consumidores alternativas mais sustentáveis sem comprometer desempenho ou preço. Esta capacidade de desenvolver soluções pioneiras e de as tornar acessíveis demonstra que a PRIO não se limita a seguir tendências, procurando antes antecipá-las. No Complexo de Novas Energias testam-se novas formas de produção de biocombustíveis, exploram-se combustíveis sintéticos e investem-se recursos noutras soluções inovadoras. Isto permitiu que a empresa fosse pioneira na produção nacional de biocombustíveis a partir de matérias- primas residuais e que se mantenha actualmente como maior produtor nacional.
A participação em projectos-piloto, como o Beato Bio Bus, demonstra a aplicação real de combustíveis avançados em contexto urbano. A PRIO tem também procurado oferecer soluções inovadoras ao sector marítimo, como o ECO Bunkers, um biocombustível avançado que pode reduzir até 27% das emissões de gases com efeito de estufa, enquanto reduz o consumo. Outra vertente é a digitalização: foram criadas ferramentas como o PRIO Truck, que permite às empresas gerir abastecimentos e monitorizar emissões em tempo real.
A aposta em logística eficiente e sustentável, como o transporte de biocombustíveis por via ferroviária e os investimentos em novas infra-estruturas de armazenamento, mostra que a empresa olha para toda a cadeia de valor, não apenas para o produto final. Este alinhamento entre inovação, sustentabilidade e investimento industrial garante que o ADN fundador continue a orientar o crescimento, mesmo numa fase em que a PRIO já é uma das principais marcas de energia em Portugal.
Na economia circular, a empresa foi pioneira com a recolha de óleos alimentares usados, que considera uma prática diária. O exemplo mais claro é a recolha e valorização de óleos alimentares usados e de outras matérias residuais, integrando-os na produção de biocombustíveis avançados, fechando um ciclo de desperdício. Para facilitar este processo, a PRIO disponibiliza uma rede nacional de oleões – o PRIO Ecowaste – que permite aos cidadãos depositar os seus óleos alimentares usados de forma simples e segura. Em 2024, esta rede contou com mais de 250 unidades distribuídas pelo país, contribuindo para um aumento de 13% na quantidade de óleo recolhido face ao ano anterior.
A aquisição de 55 postos da rede Q8, concluída em 2025, e a consequente expansão para mais de 260 estações de serviço, representa um marco importante na trajectória da empresa, consolidando a sua presença no mercado nacional e demonstrando confiança na estabilidade económica do País. Miguel Rangel compara esta expansão com os primeiros passos: se em 2006 estavam centrados na criação de um pólo industrial em Aveiro, com a produção de biocombustíveis e a construção do terminal de armazenamento, hoje a empresa afirma-se como uma das principais redes de retalho de combustíveis em Portugal, com presença de norte a sul do País.
CONSTRUIR A MARCA TODOS OS DIAS
A cada ano que passa, a PRIO celebra não só o crescimento da empresa, mas também de todos os que tornam este percurso possível. Miguel Rangel considera estes momentos oportunidades para reforçar a identidade da marca e valorizar quem a constrói todos os dias. Internamente, são promovidas iniciativas que reconhecem o papel dos colaboradores, como a Semana da Saúde e Bem-Estar – uma semana completa com sessões de mindfulness, rastreios e workshops –, o programa de estágios para desenvolvimento de jovens talentos, as bolsas de mérito que valorizam o desempenho académico dos filhos dos colaboradores, o recrutamento de pessoas com algum tipo de deficiência e o concurso Top Ideias, que estimula a inovação interna e dá voz a todos dentro da organização.
Adicionalmente, a empresa envolve-se em acções como o Dia Solidário PRIO, realizado em parceria com a associação Just a Change e com o Lar de São Bernardo, em Aveiro, apoiando a reconstrução de habitações. Também se destaca o projecto Marvão ao Mar, onde são levadas crianças do interior à praia, promovendo inclusão e igualdade de oportunidades. «Queremos que cada aniversário seja celebrado não apenas por nós, mas por todos os que fazem parte deste percurso de crescimento», sublinha Miguel Rangel.
Receber distinções como “Escolha do Consumidor” reforça a ligação com os portugueses e tem para a PRIO um significado que vai além do reconhecimento do sector: é a confirmação de que a empresa conseguiu criar uma relação de proximidade, confiança e preferência junto dos portugueses. Num mercado competitivo e em constante mudança, este tipo de prémio demonstra que os clientes reconhecem não só a qualidade dos produtos, mas também a transparência e a consistência da marca. Ao mesmo tempo, as distinções funcionam como um reforço interno, valorizando o trabalho das equipas e alimentando a motivação para continuar a inovar. Miguel Rangel é claro: «Cada distinção é encarada não como um ponto de chegada, mas como um incentivo para manter o foco na experiência do cliente, tornando-a cada vez mais simples, vantajosa e acessível, todos os dias.»
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Aniversário das marcas”, publicado na edição de Outubro (n.º 351) da Marketeer.













