Preço já não é tudo: portugueses mais preocupados com a saúde
Em Portugal, 85% dos consumidores preocupa-se com a sustentabilidade. E, embora o preço continue a ser o critério mais relevante na hora de escolher o que entra ou não no carrinho de compras, há outros factores a pesar: 57% dos consumidores aponta para o impacto na saúde como o segundo critério mais imporante, de acordo com um estudo do Oney Bank. Reputação da marca, performance do produto e durabilidade são menos importantes mas também são questões consideradas.
A análise, que também abrangeu Espanha, França e Hungria, indica que os portugueses são os mais dispostos a aumentarem o consumo de produtos orgânicos (92%). Aliás, separar o lixo, consumir produtos locais e orgânicos e comprar artigos recicláveis são hábitos que já fazem parte de muitas rotinas, sendo os principais comportamentos éticos verificados junto dos portugueses.
Realizado em colaboração com a OpinionWay, o estudo mostra que 92% dos portugueses acredita que, diariamente, já é proactivo e que toma decisões de consumo sustentável. “Para incentivar o consumo sustentável, 26% dos portugueses considera que as empresas devem apresentar novas ofertas e soluções mais amigas do ambiente”, mostra o estudo. A disponibilização de preços mais acessíveis é apontada por 23%.
O mesmo estudo revela que os consumidores estão atentos aos compromissos estabelecidos pelas marcas e que isso condiciona as suas escolhas.
O desperdício alimentar é a principal preocupação dos consumidores, especialmente entre os franceses (68%) e os portugueses (66%). O facto de os produtos ficaresm obsoletos ou deixarem de funcionar rapidamente, de modo a obrigar a comprar uma nova geração, é o segundo desafio indicado. Os métodos de produção fecham o top 3 de preocupações a nível europeu.
Outro comportamento adoptado pelos consumidores no sentido de reduzir a respectiva pegada ecológica passa pela aquisição de bens em segunda mão: cerca de 67% dos portugueses já comprou carros, motas ou bicicletas usados. Além disso, também o aluguer é prática comum, sobretudo em Portugal (73%) e Hungria (78%).