Portugueses estão a dormir menos e com menos qualidade de sono
A saúde do sono dos portugueses é cada vez mais uma prioridade no seu dia-a-dia, onde se destacam as horas médias de sono, mas a eficiência dessas mesmas noites está a diminuir, revela a Samsung Portugal com base nos resultados do seu estudo global sobre a saúde do sono, onde foram analisados mais de 195 mercados com base na utilização da app Samsung Health.
Partindo da pergunta “Temos dormido bem?” foram analisadas cerca de 716 milhões de noites, com base no comportamento do sono de utilizadores da app Samsung Health que mede, além de outros parâmetros, a qualidade do sono a partir do smartwatch da Samsung.
Nestes dados, retirados entre Junho de 2021 e Maio de 2023, os portugueses estão, este ano, no limite essencial de sete horas recomendado pela National Sleep Foundation com 7h10. Ao nível dos restantes países da Europa, os Países Baixos têm a duração de sono mais longa (7h27) e Espanha a duração de sono mais curta (7h02).
Ainda assim, a duração média do sono nos países europeus é superior à média global, que no último ano sofreu um decréscimo de 7h03 minutos para 6h59 minutos. Também o tempo de vigília durante o sono aumentou significativamente, o que leva a um declínio na eficiência deste período de descanso.
Este indicador é um dos prioritários quando analisada a sua qualidade, visto que é monitorizado através do cálculo do rácio entre o tempo real de sono e o tempo total passado na cama todas as noites.
Em Portugal a eficiência do sono está nos 87,76%, menos 0,53 pontos percentuais que em 2022, mas, ainda assim, acima da média global – 87,49%. Apenas dois países da Europa – Reino Unido e os Países Baixos – registaram uma média inferior à média mundial. No entanto, verifica-se uma tendência decrescente na eficiência do sono em todos os países.
Os jovens são os mais afectados por padrões inconsistentes que, forçosamente, afectam a sua qualidade. Este défice, calculado pela diferença entre a quantidade de sono durante a semana versus os fins-de-semana, é mais elevado na casa dos 20 anos, que revelam quase o dobro de débito de sono (49 minutos), do que as pessoas na casa dos 70 anos (29 minutos). Por região, a Ásia tem o menor défice de sono, com 41 minutos, enquanto a América Latina tem o maior, com 47 minutos. Globalmente, as pessoas dormem, em média, mais 44 minutos ao fim de semana.
Qual é o animal do sono dos participantes?
Mundialmente, a maioria dos indivíduos identificou-se mais directamente com o estilo de sono correspondente ao animal “Pinguim Nervoso”, que representa, na sua totalidade, um terço dos participantes. Estes indivíduos mantêm ritmos circadianos saudáveis (vulgarmente descritos como relógio biológico), mas sofrem frequentemente interrupções durante o sono, o que contribui para uma diminuição da eficiência do mesmo. Este é, também, o animal do sono da maioria dos portugueses.
Contrariando a tendência global, a Argentina, Espanha e Turquia são maioritariamente “Ouriços Sensíveis”, o que significa que podem ser mais activos à noite e dormir mais durante o dia, como num período de sesta regular.
Os utilizadores de idade mais avançada registaram percentagens mais elevadas de “Veados Cautelosos”, o que significa uma pessoa com uma duração de sono mais curta e tempos de vigília mais elevados. Quase 40% das pessoas na casa dos 70 anos tinham o “Veado Cauteloso” como animal do sono, o que é quase dez vezes mais do que as pessoas na casa dos 20 anos.
As pessoas na casa dos 20 anos têm também uma expressão significativa em “Toupeiras Avessas ao Sol”. Nesta categoria inserem-se todos os indivíduos que têm problemas com a consistência do sono, e que se tornaram cada vez mais prevalecentes à medida que a idade demográfica também diminui.