Natal sem presentes? Previsões apontam para 700 milhões de encomendas com atraso
As vendas online associadas ao período de Natal deverão crescer 30% em relação ao ano passado (quando cresceu apenas 8%). Porém, nem todos os produtos comprados deverão chegar ao respectivo destino no prazo previsto. Um estudo da Salesforce aponta para a possibilidade de até 700 milhões de encomendas apresentarem atrasos na entrega.
Aquele que será o “maior Natal digital da História” irá pressionar as infra-estruturas a nível global, excedendo a capacidade logística em 5% e provocando um congestionamento da capacidade de entregar encomendas. De acordo com o “2020 Salesforce Holiday Insights and Predictions”, as vendas online em todo o Mundo chegarão aos 940 mil milhões de dólares (793 mil milhões de euros).
Ainda assim, o total de vendas de Natal não deverá apresentar uma evolução positiva face a 2019. A previsão é mesmo de estagnação, ficando-se pelos 5,1 milhões de milhões de dólares (4,3 milhões de milhões de euros).
«O comércio digital não irá compensar totalmente a paragem do comércio, mas será da maior importância para ajudar os lojistas a compensar as perdas nesta época de Natal», garante Rob Garf, VP of Industry Insights for Retail and Consumer Goods da Salesforce. Segundo o responsável, os negócios devem apostar em ferramentas que permitam tornar as compras simples e seguras, incluindo um processo de encomenda digital mais conveniente, criativo e eficiente. Será também importante investir num melhor serviço de atendimento ao cliente.
O mesmo estudo indica que o novo coronavírus já levou muitos negócios a operarem em níveis de eficiência equivalentes a uma Black Friday, mas todos os dias. No Natal, as encomendas online com entregas em loja deverão fazer disparar a facturação de vendas online em 90%, comparando com o mesmo período de 2019.
No geral, “a corrida ao online deverá levar a uma aceleração do comércio digital em 18% do total de vendas globais durante o Natal”, aponta a Salesforce.
E o que compram os consumidores? Verifica-se uma alteração nos hábitos já na sequência da pandemia: no ano passado, as categorias de calçado, vestuário, produtos de beleza e equipamentos electrónicos foram rainhas na quadra festiva; este ano, espera-se que electrónica, beleza e gaming se destaquem ao lado de decoração, equipamentos de fitness e brinquedos.