Mais do que pizza. Capricciosa aquece a grelha com vista para o rio
A Capricciosa já deixou a sua marca no roteiro da gastronomia italiana em Lisboa, mas agora quer ir mais longe. No andar superior do restaurante da cadeia no Parque das Nações é possível encontrar o Capricciosa Grill, que – tal como o nome desvenda – se dedica à preparação de receitas na grelha. Carne e legumes são os ingredientes principais, numa carta que também tem espaço para peixe, camarão e, até, tofu, não esquecendo que a procura por opções de origem vegetal tem vindo a aumentar.
Curiosos com este novo rumo, fomos visitar o espaço, com vista para o rio Tejo, esplanada ideal para os dias mais quentes, uma decoração em tons claros e que não intimida. O álcool-gel em todas as mesas e a simpatia da equipa logo à chegada também garantem segurança e conforto adicionais, tão importantes em tempo de (ainda) pandemia.
Quanto ao menu, começámos pela Burrata trufada com rúcula e mel (7 euros) que se apresentou com a cremosidade que lhe é necessária e com o toque certo a trufa – não, a trufa não está apenas no nome do prato. Também a dose se afigurou ideal para partilhar e começar a refeição de sorriso no rosto.
Seguimos para a grande novidade do Capricciosa Grill, uma tábua que soma três proteínas diferentes, focaccia com pesto de espinafre, maçaroca de milho, farofa, legumes grelhados, quatro acompanhamentos à escolha e, ainda, dois molhos. É possível optar pela versão apenas com carne (salsicha, frango do grill e picanha, por 32 euros) ou com peixe e alternativa vegetal (camarão tigre, salmão e tofu, por 50 euros).
A ideia é promover a partilha, já que os vários elementos chegam literalmente numa tábua aonde os vários convivas podem ir picar. No nosso caso, optámos pela Tábua Super Grill de Carne, acompanhada por Salada verde com espargos, abacate, ervilhas tortas, maçã verde e molho de iogurte, Salada de tomate chucha baby com azeite de manjericão, Batata doce assada com creme fraiche, paprika, cominhos e cebolinho e, ainda, Batatas fritas tradicionais – perfeitas para provar a Maionese de azeite com cebolinho.
Por entre todos estes elementos, o grande destaque vai para o frango. Curiosamente, se só pudesse chegar à mesa sozinho, não teria sido uma opção considerada pelo medo de que pudesse ser um pouco seco – a colecção de más experiências ao longo da vida pesa na memória. No entanto, acabou por surpreender e brilhar. Por isso, caros fãs de frango que sejam tradicionalmente hesitantes: nada temam.
No copo, como fiéis companheiros, tivemos oportunidade de provar a Margarita Clássica e o Sumo Tropical, que comprovaram que o leque de sugestões no campo das bebidas está ao mesmo nível para clientes adeptos de álcool e para quem abdica do mesmo.
Para fechar, deixámo-nos cair em tentação. Estava na hora de provar o Bolo de chocolate com gelado de limão (à nossa escolha, também poderia ter sido gelado de morango ou nata, por 5,20 euros) e o Cheesecake de frutos vermelhos (4 euros). O aconchego final que faltava.
Texto de Filipa Almeida