Em ano de celebração do vigésimo quinto aniversário da Agência, Susana lidera uma equipa multidisciplinar com foco em branding, estratégia e execução. Começou por especializar-se em comunicação Pharma, área que moldou o rigor e a metodologia da agência, e tem vindo a expandir estrategicamente para setores como FMCG, HORECA, Serviços e marcas tecnológicas.
Sob a sua liderança, a FSAC consolidou sólida reputação na criação de experiências de marca, com domínio em comunicação below the line, incluindo ativação, eventos, ponto de venda e campanhas integradas. Defende uma abordagem centrada em resultados visíveis e criatividade com propósito e acredita que marcas fortes nascem do equilíbrio entre consistência, cultura e impacto.
Hoje, a FSAC afirma-se como uma agência sólida, ágil e comprometida com a assinatura que melhor a define: #CRIAMOSPARATODOS.
Ao longo de 25 anos de atividade no sector da comunicação, que marcos foram determinantes para a evolução da FSAC?
A história da FSAC faz-se de escolhas estruturantes que moldaram a agência que somos hoje. O primeiro grande marco foi, sem dúvida, a especialização em comunicação Pharma, que nos deu uma base sólida de rigor, método e respeito pela complexidade do cliente. Foi nesta escola exigente que desenvolvemos a nossa capacidade de escuta, a atenção ao detalhe e o compromisso com a responsabilidade da mensagem.
Outro momento determinante foi a decisão de reforçar a equipa com perfis séniores e multidisciplinares, abrindo caminho para uma expansão estratégica para setores como FMCG, HORECA, Serviços e marcas tecnológicas. Mas talvez o ponto mais transformador tenha sido o da nossa própria reinvenção: de uma estrutura focada em criatividade para uma estrutura orientada para resultados, capaz de pensar marca, negócio e consumidor de forma integrada – sem nunca abdicar da nossa identidade.
São 25 anos de evolução, com os olhos postos no futuro e os valores bem enraizados.

Como é que a agência tem conseguido manter a relevância e a competitividade num sector em permanente evolução?
Manter a relevância num setor em permanente transformação exige escuta ativa, coragem para mudar e uma cultura de melhoria contínua. Na FSAC, cultivamos uma proximidade genuína com os nossos clientes e com o mercado. Isso permite-nos não só reagir rapidamente, mas sobretudo antecipar necessidades, ajustar rotas e propor soluções que estejam um passo à frente – mas com os pés assentes na realidade do negócio.
A nossa competitividade é também alimentada pela diversidade de talento que temos vindo a integrar: equipas multidisciplinares que cruzam pensamento estratégico, criatividade aplicada e execução rigorosa. A nossa fluidez entre branding, ativação, ponto de venda, e conteúdos garante-nos a capacidade de criar campanhas below the line integradas, coerentes e orientadas para performance.
É assim que nos mantemos relevantes: ao serviço das marcas, mas também da mudança.
Num contexto em que a diversificação de serviços é uma exigência para as agências de comunicação e marketing, como é que a FSAC tem equilibrado a oferta sem comprometer a sua identidade e posicionamento?
Na FSAC, a diversificação de serviços nunca foi um exercício de expansão por expansão, mas uma consequência natural da evolução das competências que vamos desenvolvendo ao lado dos nossos clientes. Antes de acrescentarmos valências, garantimos que temos o know-how, a estrutura e o pensamento certo para lhes dar consistência e utilidade.
Mantemos o foco no que sempre nos diferenciou: pensamento estratégico aliado a execução com rigor. A nossa identidade está enraizada na entrega de resultados visíveis e na capacidade de transformar desafios de negócio em soluções criativas e eficazes.
Assim, cada novo serviço que integrámos – seja branding, ativação, conteúdo ou ponto de venda – só entrou porque veio reforçar esse compromisso, nunca desviar dele. O segredo está em diversificar com propósito e coerência – e não em tentar ser tudo para todos.

Sendo a FSAC inicialmente focada no segmento Pharma, que outros mercados têm sido relevantes para a estratégia de diversificação?
A nossa especialização em comunicação Pharma deu-nos uma base sólida de exigência, método e atenção ao detalhe, mas foi precisamente essa base que nos preparou para crescer de forma versátil e estruturada.
Ao longo dos últimos anos, expandimos o nosso portefólio para setores como FMCG, HORECA, Retalho, Educação, Serviços e, mais recentemente, marcas tecnológicas.
Cada um destes segmentos trouxe novos códigos, novos públicos e novas exigências e isso desafiou-nos a adaptar, aprender e inovar continuamente.
Hoje, somos escolhidos por marcas que procuram uma agência que pense de forma integrada e que saiba equilibrar criatividade com foco comercial, cultura com consistência, e impacto com resultados. Essa é a nossa verdadeira diversificação: não uma dispersão de áreas, mas uma ampliação de competências ao serviço de desafios concretos.
De que forma a experiência acumulada em comunicação Pharma tem influenciado a abordagem noutros sectores, como FMCG, HoReCa, Educação e Serviços?
A experiência acumulada em comunicação Pharma moldou profundamente a forma como abordamos todos os outros sectores. Aprendemos a comunicar com responsabilidade, a respeitar o detalhe e, sobretudo, a traduzir complexidade em clareza – uma competência essencial, independentemente do segmento de mercado.
Esse know-how revelou-se altamente transferível. Quando aplicamos esse mesmo rigor estratégico e cuidado narrativo a setores como FMCG, HORECA, Educação ou Serviços, conseguimos ir além do óbvio e criar propostas de comunicação que se distinguem.
A exigência do universo Pharma ensinou-nos a trabalhar cada marca como um organismo vivo, com identidade, contexto e responsabilidade próprios. E é essa abordagem profunda e metódica que hoje levamos para todos os desafios que abraçamos – sejam eles regulados, emocionais ou comerciais.
Que sectores ou áreas de atividade ainda não fazem parte do vosso portefólio de clientes e nos quais gostariam de trabalhar?
Mais do que expandir para novos setores por impulso, queremos aprofundar colaborações com marcas que operam com propósito – áreas que envolvam Sustentabilidade e o universo ESG, onde a comunicação pode ser um verdadeiro agente de transformação.
Não se trata de abrir verticais por tendência, mas de contribuir para causas e negócios que alinhem impacto com relevância. Estamos particularmente motivados para trabalhar com marcas que desafiem o status quo, que queiram comunicar de forma autêntica e com substância. E para isso, continuamos a reforçar a nossa equipa com perfis especializados e versáteis, capazes de pensar estratégia e executar com precisão.
A nossa ambição permanece a mesma: aplicar criatividade com propósito, gerar experiências com impacto e continuar a entregar resultados visíveis, com consistência – independentemente do setor.

Como é que os projetos com propósito têm contribuído para consolidar a diversificação do portefólio da FSAC?
Os projetos com propósito têm sido decisivos para ampliar a diversidade do nosso portefólio – mas, sobretudo, para reforçar a relevância do nosso trabalho enquanto parceiros estratégicos de marcas com visão.
Estes desafios despertam a criatividade da equipa, atraem talento com sentido crítico e colocam-nos em contacto com modelos de negócio que procuram mais do que awareness: procuram impacto real.
Mais do que comunicar produtos, passámos a trabalhar a essência das marcas — a sua identidade, o seu posicionamento e o papel que ocupam nas comunidades que servem.
Esse tipo de abordagem abre portas a colaborações mais profundas, sustentadas e diferenciadoras. Um exemplo disso é o trabalho de branding e UX/UI que temos vindo a desenvolver com a tsn | the sustainability network e que muito em breve estará live – um exercício de escuta ativa, co-criação e alinhamento estratégico, em que o branding serviu simultaneamente como ferramenta interna de foco e como afirmação externa de posicionamento. Projetos como este são catalisadores da nossa evolução – e reafirmam o nosso compromisso em crescer ao lado de marcas com propósito claro e ambição transformadora.
A contratação de perfis seniores é vista como prioritária para o reforço e valorização da equipa? Que impacto espera obter com essa estratégia?
Sem dúvida. A contratação de perfis séniores tem sido uma prioridade clara para garantir profundidade estratégica, agilidade na resposta e ambição criativa.
Equipas experientes trazem pensamento estruturado, execução eficiente e uma capacidade real de elevar a fasquia. Além disso, criam um efeito multiplicador: o conhecimento circula, desafia, inspira – e acelera o crescimento de perfis mais juniores.
Este ano, reforçámos de forma expressiva o nosso departamento de estratégia e desenvolvimento de novo negócio, num momento simbólico – os 25 anos da FSAC. Revitalizámos esta área com nova liderança e integrámos perfis altamente versáteis, com sensibilidade para branding, comunicação integrada e foco comercial.
É este equilíbrio entre senioridade, especialização e visão de futuro que nos permite continuar a crescer de forma sólida, relevante e ambiciosa.
Enquanto fundadora e CEO da FSAC, como descreve a experiência de liderar uma agência de comunicação e quais têm sido os principais desafios?
Liderar uma agência de comunicação é um exercício contínuo de escuta, visão e adaptação. É preciso antecipar tendências, inspirar equipas e responder aos desafios do negócio – tudo ao mesmo tempo, e com os pés bem assentes na realidade.
Talvez o maior desafio – mas também o mais gratificante – seja preservar a cultura da agência enquanto crescemos: garantir que continuamos a ser uma casa de ideias, de compromisso e de proximidade, mesmo com uma equipa mais alargada e clientes cada vez mais diversos. Ser fundadora e CEO da FSAC exige presença, consistência e humildade para saber ouvir, mas também coragem para decidir.
E essa combinação, ao longo de 25 anos, tem sido a nossa bússola.
Que valores considera mais importantes na construção de uma cultura empresarial forte e sustentável?
Acreditamos que uma cultura empresarial forte e sustentável se constrói com respeito, curiosidade, entrega genuína – e uma boa dose de inconformismo.
Valorizamos equipas que pensam de forma autónoma, mas que sabem colaborar. Que questionam com sentido, propõem com convicção e executam com responsabilidade. Para nós, um bom ambiente de trabalho não nasce apenas da empatia – constrói-se com espaço para crescer, margem para errar e vontade real de fazer melhor todos os dias.
Promovemos uma cultura onde cada pessoa conta: pelo que sabe, pelo que acrescenta e pelo que desafia. É assim que alimentamos uma dinâmica viva, exigente e humana – à altura das marcas com quem escolhemos trabalhar.
Que tendências considera mais relevantes para o futuro da FSAC e do sector para os próximos anos?
Identificamos três grandes tendências que vão continuar a moldar o setor – e que definem o caminho da FSAC para os próximos anos.
A primeira é a valorização da experiência de marca como ferramenta de diferenciação e conversão. Já não basta ser visto – é preciso ser vivido. Marcas que criam experiências relevantes, coerentes e memoráveis conquistam espaço na mente do consumidor.
E isso converte.
A segunda é a exigência crescente de autenticidade. Os consumidores estão atentos, informados e cada vez mais intolerantes a discursos vazios. Esperam coerência entre o que a marca diz, faz e representa. Quando não encontram essa verdade, desligam.
A terceira é a integração estratégica entre comunicação, dados e tecnologia – não como tendência passageira, mas como ferramenta para entregar relevância, personalização e contexto. Num ecossistema saturado de mensagens, saber comunicar menos, mas com mais substância, será um dos grandes diferenciais competitivos. As marcas terão de aprender a comunicar com intenção.
E as agências que souberem conduzir essa transição com inteligência, foco e propósito vão destacar-se. A FSAC quer – e está preparada – para fazer parte desse grupo.













