A gigante sueca da moda H&M revelou as primeiras imagens das suas ‘gémeas digitais’, avatares criados a partir de modelos reais que serão usados em campanhas e redes sociais. Esta inovadora iniciativa, que mistura inteligência artificial com moda, tem gerado um debate intenso dentro e fora do setor.
Em março, soube-se que a H&M estava a desenvolver este projeto pioneiro, que não recorre a modelos 100% virtuais, mas sim a réplicas digitais criadas a partir de modelos humanas reais. Agora, as primeiras imagens foram publicadas na conta oficial da marca no Instagram, acompanhadas por entrevistas ao diretor criativo Jörgen Andersson, profissionais envolvidos e a modelo Vanessa Moody, uma das “reproduzidas”.
A H&M promete revelar mais destas ‘gémeas digitais’ durante o outono, incluindo imagens direcionadas a diferentes mercados globais. Esta é, até ao momento, a iniciativa mais ambiciosa no setor da moda, embora outras marcas como Mango e Levi’s já tenham experimentado com tecnologia similar, como o deepfake.
Por um lado, os defensores desta inovação afirmam que a inteligência artificial pode abrir portas a uma criatividade sem precedentes, promovendo maior diversidade de raças, idades e tipos de corpo. Por outro lado, a polémica é grande. Profissionais da indústria alertam para o risco de perda massiva de empregos.














