“Freelancer do Dia CCP by Marketeer”: Samuel Traquina

É difícil sobressair por entre dezenas de curriculos. A partir de certa altura, os nomes confundem-se e aquele que poderia ser o par perfeito para um projecto na calha acaba por fugir. Partindo do directório lançado pelo Clube Criativos Portugal (CCP), a Marketeer propõe conhecer melhor alguns dos talentos freelancers nas áreas da criatividade e comunicação.

Samuel Traquina (fullstack web developer e UI developer) é o mais recente protagonista da rubrica “Freelancer do Dia CCP by Marketeer”, que apresentará, duas vezes por semana, exemplos de quem decidiu aventurar-se por conta própria.

Qual é a melhor coisa que já fizeste?

O meu projecto de maior orgulho é um projecto pessoal, no qual participam actualmente mais três pessoas, que é o Mudo Podcast. Não só sou um dos seus fundadores, como me coube a tarefa de implementar tanto o website do próprio podcast como o website referente ao seu segundo aniversário. Ambos foram galardoados com um “Special Kudos” do diretório CSS Design Awards.

Qual é o projecto que queres fazer a seguir?

Não consigo precisar um projecto ou cliente em concreto, mas posso dizer que ficaria imensamente grato se me fosse dada a oportunidade de trabalhar WebGL para incluir modelos tridimensionais em ambiente web. Obviamente tudo isto será ainda melhor se nutrir um especial afecto pelo projecto em causa.

Porque é que te devem contratar?

Porque, apesar do termo “developer”, não me considero o típico programador que acha que os designers estão errados, ou que a última palavra do que é ou não possível é minha. Acredito, ao invés disso, que temos que trabalhar em conjunto, porventura fazendo concessões de ambos os lados, para produzir o melhor artefacto de comunicação para o nosso cliente comum.

Como vês a situação actual que vivemos?

Felizmente, enquanto developer, pouco mudou. Os clientes continuam a contactar-me, os servidores continuam a funcionar, continuo a fazer actualizações da mesma forma e com a mesma regularidade. A única diferença que senti foram os contactos dos clientes a chegar a horas mais “estranhas”. Julgo que muita gente está a ser permissiva com o número de horas que “dá” aos seus empregadores, deixando-se absorver pelo trabalho muito para além das 40 horas semanais. Feliz ou infelizmente, esse é um problema dos meus interlocutores que não se espelha no meu trabalho. Parece-me – e isto será apenas isso, uma opinião pessoal – que muitos dos trabalhadores por conta de outrém que não foram colocados em “layoff” ficaram tão gratos com isso,que fazem tudo o que podem para manter os seus cargos.

Desde quando és freelancer e porquê?

Sou exclusivamente freelancer desde Fevereiro. Já o tinha sido antes e nunca abandonei completamente o freelancing, mesmo enquanto fui colaborador da última empresa por onde passei. Se formos por aí, considerar-me-ei freelancer desde 2017. A decisão, sobretudo a de me tornar exclusivamente freelancer, passou por ter atingido um primeiro patamar de objectivos que consistia em ter clientes de elevado prestígio nacional, como os casos da United By e da Volta, ambas sediadas no Porto.

Atingindo esse primeiro patamar de objectivos, considerei ser necessário começar a edificar novos patamares e, como tal, o freelancing exclusivo parece-me um bom passo nesse sentido.

Quais as vantagens e desvantagens de ser freelancer?

Julgo ser a resposta típica, mas as vantagens passam, certamente, pela liberdade, pela possibilidade de dizer que não a um determinado projecto e/ou cliente. Obviamente, do outro lado do espectro temos a constante insegurança. Pensar sempre “este mês até foi porreiro, como será o próximo?”. Felizmente, sendo tutor na Edit-Porto, alguma – sublinho “alguma” – desta insegurança é amparada pelo facto de saber que pelo menos aquelas poucas semanas semestrais de aulas vão pagar uma conta ou outra.

Para conhecer melhor Samuel Traquina:

https://freelancers-ccp.webnode.pt/freelancers/

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