Este SUV é um grande carro
No segmento que se mantém recorde de vendas, a Mercedes volta a jogar a carta do GLC! Vem renovado e apetrechado para piscar o olho a novos clientes. E não, não é mera operação de cosmética.
Diz que é SUV mas, em termos de design exterior, não concorre de frente com alguns players do mesmo segmento. A não ser pela altura do chão ao chassis. Só que a verdade é que – e nunca pensei, confesso, pronto – o renovado GLC da Mercedes conquistou-me. Há quem não goste do facelift, se bem que o GLC é das linhas da Mercedes que mais vende. Eu, por mim, e depois de uma experiência de três dias e muitos quilómetros, dou-lhe nota 10. Aliás, goste-se ou não da marca, Mercedes é Mercedes e nada a dizer. Por ali não se brinca, mesmo que se trate de um entrada de gama.
Foram três dias entre estradas de cidade e auto-estrada, em Lisboa e no Porto. Ficou aprovado aos primeiros minutos. A posição de volante e banco adapta-se ao condutor e como é elevada face à estrada permite controlar melhor. O motor tem toda a potência que o faz responder como se gosta – para quem adora de velocidade e rapidez dos 0 aos 100 km/h, claro -, além de que, para ajudar na redução das emissões e dos consumos tendo em conta as novas metas europeias, traz um subsistema tecnologicamente avançado. Gostamos!
Depois, há o habitáculo com espaço e costurado com materiais de qualidade irrepreensível. Apenas alguma dificuldade em adaptar-me ao novo sistema de controlo na consola central, multitoque e multifunções. Mas nada que não se resolvesse com alguma insistência e persistência. A seguir, é intuitivo.
Saímos de Lisboa (eu e o GLC) debaixo de chuva intensa. Nestas condições deve-se abrandar em auto-estrada, eu sei. E garanto que o fiz. Mas a forma como os pneus se agarram à estrada dá segurança total para uma viagem que prometia ser mais demorada que o habitual. Acabou por não o ser! E como o sistema de som é de topo, transforma-se em verdadeira companhia à viagem, que agradecemos. Tanto mais que a insonorização é perfeita e o barulho da chuva fica lá fora.
Surpresa foi quando cheguei ao Porto e percebi o consumo, ficou abaixo dos 8L. Não arruina nenhuma conta bancária e o facto de manter a classe 1 nas Portagens ajuda mais ainda.
Já na Invicta, e em ruas mais estreitas da Ribeira, o GLC portou-se ao nível esperado. É versátil na condução, estaciona-se bem – as várias câmaras também ajudam – e parece que quase encolhe quando achamos que não vai passar mas… passou! Além disso, o porta-bagagens tem o espaço q.b para um fim-de-semana cheio de malas e apetrechos variados e um fundo falso onde se pode sempre arrumar ou esconder algo mais.
Bem, fomos e voltámos em sintonia e segurança. Só tive alguma dificuldade em regressar ao meu…
Texto de M.ª João Vieira Pinto