EDP: EDP será totalmente verde em 2030

Em 2022 a EDP foi reconhecida pela S&P Global como a utility integrada número 1 do índice Dow Jones de Sustentabilidade, entre 180 empresas do sector. «São já 15 anos consecutivos como a única empresa portuguesa com presença neste índice, com a particularidade de obter uma classificação final de 90 pontos, a segunda melhor desde que a EDP integrou este índice global de referência, em 2008», explica fonte oficial da EDP. Entre as dimensões de sustentabilidade (ESG) que mais contribuíram para esta boa performance destaca-se a de Governance & Económica, onde conquistou a pontuação máxima em quatro de nove critérios. A gestão de inovação foi uma das novidades nesta performance – uma avaliação onde projectos inovadores e relevantes para a transição energética, caso do parque solar flutuante em Alqueva, deram um contributo decisivo.

Também na dimensão ambiental, o segmento de transporte e distribuição registou o maior crescimento na pontuação (mais 23 pontos) e, na dimensão social, o destaque vai para a prevenção, segurança e saúde no trabalho, que registou uma das melhores variações positivas este ano (mais 10 pontos), e para a gestão de relação com clientes (mais 11 pontos). No total de 27 critérios avaliados, há oito em que a EDP conseguiu a pontuação máxima de 100 pontos: materialidade, influência em políticas públicas, gestão de inovação, reporte ambiental, reporte social, cidadania/filantropia, riscos relacionados com água e oportunidades de mercado.

A EDP está incluída em vários índices ESG, «o que é um sinal de reconhecimento da estratégia de sustentabilidade seguida há muitos anos. Esse caminho tem o ano “zero” em 2003 e inicia a consolidação quando, em 2008, integra pela primeira vez os índices Dow Jones de Sustentabilidade – é quando se define pela primeira vez um plano estratégico de ambiente e de sustentabilidade e se dá início a um plano de eficiência energético assente em dois pilares: optimização dos consumos do lado da oferta e da procura».

NEUTRALIDADE CARBÓNICA ATÉ 2040

A estratégia da EDP está assente no compromisso de ser totalmente verde até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em toda a cadeia de valor até 2040 e descarbonizar para um impacto positivo no clima.

«A inclusão nestes índices reforça a reputação do nosso desempenho ESG e serve como referência no reconhecimento das boas práticas e da estratégia de sustentabilidade da EDP», afirma fonte oficial da EDP à Marketeer. «No entanto, mais importante do que cumprir métricas, é reconhecer que a empresa contribuiu para uma contínua redução das emissões de CO2 , para um crescimento acelerado da produção de energias limpas e tecnologias inovadoras, aliados fundamentais para uma economia mais forte, mais verde e para um planeta mais sustentável», acrescenta.

A sustentabilidade está alicerçada no modelo societário da EDP desde há muitos anos. Esta tem desde 1991, na sua estrutura governativa, o Conselho de Ambiente. Este grupo é composto por pessoas externas, cuja função é a de aconselhar o grupo nas matérias de ambiente.

Trata-se de um órgão social que ajuda estrategicamente o Conselho de Administração Executivo e que, a partir de 2006, passou a designar-se como Conselho de Ambiente e Sustentabilidade. Esta comissão nasce no âmbito de um modelo monista sob proposta do então Gabinete de Sustentabilidade e temas de Ambiente (GSA).

O ano de 2006 foi o da disrupção ao nível da sustentabilidade, com a alteração do modelo de governo de sociedade – de monista para dualista: modelo alemão com um órgão de supervisão, um órgão executivo e um revisor de contas. Este surgiu da seguinte forma: foi criado um Conselho Geral e de Supervisão (CGS) para acompanhar a supervisão da administração da EDP, com uma comissão especializada para apreciar as questões relativas à sustentabilidade, códigos internos de ética, conflitos de interesses, sistemas de avaliações; e uma Comissão de Governo Societário e de Sustentabilidade. Esta comissão do CGS supervisiona ainda os trabalhos de um Comité de gestão: o Comité de Ética.

Existe ainda o Conselho de Administração Executivo (CAE) para fazer a gestão das actividades do Grupo EDP suportada num instrumento de gestão que se designou por comités de gestão. Um deles foi a Comissão de Ambiente e de Sustentabilidade, tendo sido mais tarde alterada a designação para Comité de Sustentabilidade.

A visão de transição energética molda a companhia até 2030, no quadro do actual plano de negócios 21-25, para ser neutra em carbono, de ter 100% da produção renovável até 2030 e ser coal free até 2025.

Segundo fonte oficial da eléctrica nacional, a EDP elegeu como compromisso estar sem produção a carvão em 2025, o que significa, no âmbito da Transição Energética Justa, que a companhia também assumiu a responsabilidade de trabalhar juntamente com os governos e autoridades locais na promoção desse processo de transição nas regiões afectadas pelo encerramento das suas centrais.

O Grupo EDP assumiu compromissos públicos e elaborou planos de acção para contribuir positivamente para a criação de emprego e para o bem-estar das comunidades locais impactadas pelo encerramento das centrais térmicas a carvão.

Recentemente, em Setembro de 2022, a EDP recebeu um prémio da Environmental Finance, pelo trabalho realizado aquando do encerramento da central de Sines e que envolveu várias acções para ajudar a minimizar as repercussões negativas no emprego local. Para o efeito, a EDP identificou as partes interessadas, incluindo as autoridades locais, os sindicatos, as instituições de emprego e qualificação profissional, os prestadores de serviço.

UMA DAS EMPRESAS MAIS ÉTICAS DO MUNDO

Em 2022, a EDP foi reconhecida pelo Ethisphere Institute, pelo 11.º ano consecutivo, como uma das empresas mais éticas do mundo.

Esta distinção reconhece o compromisso do grupo com uma política de ética sólida baseada em princípios como o de agir com integridade em todas as áreas de intervenção e o de contribuir para um ambiente sustentável. Foram distinguidas 136 empresas em 22 países, sendo a EDP a única portuguesa a pertencer à lista.

«A EDP tem um sólido edifício ético que tem vindo a construir já há 16 anos, tendo sido inúmeros os projectos no âmbito da ética desde então implementados.» Fazendo referência a alguns mais recentes, destaca-se a forte aposta num modelo de formação e comunicação transversal, tendo em 2022 sido dado destaque a projectos de formação a líderes.

A profunda revisão do Código de Ética da EDP, assim como os demais documentos que o complementam, marca o trabalho feito nesta área nos últimos dois anos, estando a mais recente revisão do Código já aprovada e a sua publicação agendada para os próximos dias.

Por último, alinhado com a crescente preocupação internacional em relação ao tema da Protecção dos Denunciantes, e em virtude da transposição nacional da Directiva Europeia a este respeito, já em 2022 foi realizado um trabalho de redesenho de processos e procedimentos, e adaptação da solução tecnológica já existente na EDP para este objectivo, tendo em vista a criação dos canais Speak up, que foram colocados ao dispor de todas as partes interessadas.

O Código de Ética da EDP é um documento fundamental que estabelece os critérios e as regras para a condução correcta de dilemas ou de situações sensíveis em contexto laboral, inspi – rando-se no seu propósito, e está construído sobre a sua identi – dade, materializando-se em quatro traços de identidade e num conjunto de 22 temas relacionados com o negócio da EDP.

«Destes temas, e com o intuito de cumprir as metas de res – ponsabilidade social, destacamos primeiro, numa perspectiva interna, o bem-estar dos colaboradores, a segurança e saúde, a diversidade, equidade e inclusão, e o assédio.» Por outro lado, numa perspectiva externa, salientam a relação com diversas partes interessadas, desde clientes, comunidade e fornecedo – res, assim como as matérias de ambiente, transição energética e revolução digital.

Para exemplificar alguns dos projectos integrados nesta es – tratégia, fonte oficial da EDP dá como exemplo o MUDA, mo – vimento pela utilização digital activa, de que a EDP é parceira desde o seu lançamento em 2017. Promovido por diversas enti – dades privadas e pelo Estado português, merece reconhecimen – to da Comissão Europeia desde 2018, no âmbito do DESI (Digi – tal Economy & Society Index).

Em 2021 destacam-se algumas iniciativas desenvolvidas ou apoiadas pelo MUDA, nas quais a EDP colaborou activamente, como a inclusão digital e social com democratização do acesso e capacitação.

No que diz respeito ao universo de colaboradores, a EDP impactou mais de 34 mil pessoas, com iniciativas como workshops, speed recruitment, feiras de emprego, networks ou open days, num total de 166 actividades. Além de muitos ou – tros projectos, de destacar ainda a primeira escola de electricis – tas para pessoas trans, lançada em 2021 pela EDP Brasil, para fomentar a educação a partir de acções que estimulem a popu – lação mais vulnerável.

A estratégia de sustentabilidade da EDP não é exclusiva para Portugal, Brasil, Espanha, EUA ou qualquer outro país onde esteja presente: é uma estratégia global e reconhecida por todos como necessária, urgente e positiva.

Isto significa que todos partilham o mesmo alinhamento e motivação para fazer a diferença em qualquer geografia. Trata-se, no fundo, do reflexo da forte cultura interna de pertença que a EDP tem desenvolvido ao longo destes anos.

O Grupo EDP tem diversos departamentos de sustentabili – dade focados nas diferentes particularidades e desafios de cada empresa e geografia onde estão presentes, mas sempre alinha – das com a estratégia global da empresa.

Para 2023, a EDP tem por objectivos «acompanhar as ten – dências principais que impactam o negócio da companhia e fazê-las reflectir na estratégia de sustentabilidade, não deixan – do ninguém para trás, respeitando sempre os direitos huma – nos em todas as geografias onde tem operação, num quadro de cultura de diversidade e inclusão. Só assim, a EDP continuará a ser uma líder na sustentabilidade», conclui fonte oficial da EDP em declarações à Marketeer.

Este artigo faz parte do Caderno Especial “Sustentabilidade e Responsabilidade Social”, publicado na edição de Dezembro (n.º 317) da Marketeer.