Ecommerce atingiu o pico? Analistas apontam para abrandamento ainda este ano
As vendas online saltaram durante o confinamento a que vários países estiveram sujeitos devido à pandemia de COVID-19, mas o crescimento deste canal não terá sido igual em todo o Mundo e não deverá prolongar-se até ao final de 2020. Segundo a eMarketer, as regiões de Ásia-Pacífico e América do Norte lideram as vendas totais deste ano, juntando lojas físicas e plataformas de comércio electrónico. Logo depois, surge a Europa Ocidental.
No caso da Ásia-Pacífico, os resultados positivos são justificados com a China, que ajudou a região a conquistar uma quota de 62,6% no ecommerce mundial. A América do Norte fica-se pelos 19,1% e a Europa Ocidental pelos 12,7%.
A empresa de estudos de mercado sublinha ainda que, embora alguns sectores em concreto tenham registado crescimentos exponenciais, as estimativas para o crescimento global de 2020 tiveram de ser ajustadas. A mais recente previsão da eMarketer aponta para cerca de 3,9 milhões de milhões de dólares (aproximadamente 3,3 milhões de milhões de euros), o que representa um abrandamento.
A eMarketer prevê que o maior crescimento das vendas online de retalho aconteça na Europa Central e de Leste (21,5%), seguindo-se Médio Oriente e África (19,8%), América Latina (19,4%) e América do Norte (18,1%). Só depois surge a Europa Ocidental (16,9%) e a Ásia-Pacífico (15,5%). Considerando que estes já são os dois principais mercados, será natural que cresçam mais devagar.
A média global de crescimento previsto para o ecommerce de retalho situa-se nos 16,5%, sendo que estas estimativas incluem produtos e serviços comprados através de qualquer dispositivo, desde que seja necessária ligação à internet. Ficam de fora, porém, bilhetes para eventos ou viagens e pagamentos de contas, impostos ou transferências de dinheiro. Apostas também são excluídas.