Cabeça de Toiro celebra 25 anos e quer “sair da manada”
A marca de vinho Cabeça de Toiro, do portefólio da Enoport Wines, está a comemorar 25 anos de actividade e decidiu assinalar a data com uma edição especial comemorativa.
Cabeça de Toiro 2016 Edição Comemorativa 25 anos é a nova referência que resulta de um blend das castas Touriga Franca (60%), Cabernet Sauvignon (20%) e Alicante Bouschet (20%), cujas uvas foram “colhidas em momentos diferentes no seu perfeito estado de maturação e vinificadas cuidada e demoradamente na adega”, garante a marca em comunicado.
Esta edição especial é limitada a 4.273 garrafas e chega ao mercado depois de um estágio de 12 meses em barricas de carvalho francês, mais 12 meses em garrafa. Tem um preço recomendado de 33 euros.
«Vinho é história. Qualquer bom vinho tem de ter uma história para contar. E a nossa tem 25 anos», afirmou ontem Nuno Santos, presidente da Enoport Wines, durante o evento de comemoração que decorreu no restaurante El Bulo, do chef Chakall, embaixador da marca.
Mas as novidades não ficam por aqui: a aniversariante Cabeça de Toiro conta também com uma campanha multimeios que estreia um nova linha de comunicação. “Sai da manada” é o novo conceito que, a partir de agora, irá orientar toda a estratégia de comunicação da marca e que substitui o claim anterior (“É uma atitude”).
O conceito criativo conta com assinatura da agência Milford e pretende contrariar a ideia comum de que «no meio está a virtude». Até porque, conforme explicaram Nuno Antunes e Nuno Duarte, sócios da agência, esta frase, que tanto ouvimos, remete para uma ideia de mediania «e o Cabeça de Toiro não se dá bem com a mediania. Não é um vinho “honesto” e que “não envergonha”. Pelo contrário, é um vinho que acumula prémios em todo o mundo, atribuídos pelas mais prestigiadas revistas de vinhos.»
Por isso, o racional criativo passou por demarcar a marca dessa ideia de mediania, mostrando um vinho que se quer exigente consigo próprio. Como? «Convidando as pessoas a saírem do “ramerrame”, a exigirem mais da vida e do vinho». “Sai da manada” é assim o conceito de comunicação escolhido para mostrar que a virtude nem sempre está no meio. «A média é a norma, é uma ferramenta de sobrevivência. Mas a marca Cabeça de Toiro não se contenta com a média. Este é um desafio feito na primeira pessoa (a marca que “sai da manada”) mas também na terceira pessoa, porque desafia o consumidor» a fugir, também ele, à mediania, acrescentam. A ideia é que o conceito criativo possa ser adequado aos diferentes canais de comunicação da marca.
Atingir 1 milhão de garrafas vendidas
A história da marca ribatejana remonta a Janeiro de 1996, quando foi lançado o primeiro vinho (fruto de uma colheita de 1991, da casta Castelão), com uma produção inicial de 30 mil garrafas e estatuto VQPRD (Vinho de Qualidade Produzido em Região Demarcada) Santarém.
Nos anos seguintes, o aumento crescente das vendas levou a empresa a alargar a produção da Quinta do Bairro Falcão (o berço da marca, na Cartuxa) para a Quinta São João Baptista (em Torres Novas), passando a misturar as uvas dos dois terroirs. Uma mudança que levou também a alterar o estatuto dos vinhos da marca para DOC Tejo, «que hoje exibimos com todo o orgulho», salientou Nuno Santos.
Hoje, todos os vinhos da marca são Reservas ou Grandes Reservas e saem da Quinta São João Baptista. Um quarto de século volvido desde a sua criação, Cabeça de Toiro já acumulou vendas de 5 milhões de garrafas ao longo destes anos. De olhos postos no futuro, a marca da Enoport Wines estabelece como objectivo atingir vendas de 8,5 milhões de garrafas até 2025, numa média de quase um milhão de garrafas comercializadas por ano. «É um objectivo ambicioso mas vamos dar o litro para lá chegar», prometeu o presidente da Enoport Wines. O objectivo de atingir vendas de um milhão de garrafas, já este ano, representa quase o dobro dos números de 2020, em que a marca comercializou 550 mil garrafas.
Texto de Daniel Almeida