“Bora Lá, Sai do Sofá”. Campanha apela ao voto dos mais jovens
As próximas eleições presidenciais estão marcadas para o dia 24 deste mês e a abstenção adivinha-se uma das principais candidatas. Para que não seja assim, a AIDGLOBAL, associação não governamental para o desenvolvimento (ONGD) dedicada à educação, lançou uma campanha que promove o voto junto dos mais jovens.
“Bora Lá, Sai do Sofá” é o mote do trabalho publicitário que já pode ser encontrado em várias estações do Metropolitano de Lisboa e que incentiva os eleitores mais novos a sair de casa e a exercer o seu direito de voto. Além do metro, também é possível encontrar os cartazes da campanha em diferentes áreas comerciais do País, rádios nacionais e rede sociais.
Quem se cruzar com um destes cartazes poderá digitalizar o QR code disponível para aceder à campanha digital, presente no Instagram e Facebook da AIDGLOBAL (@act_global_).
Segundo Susana Damasceno, fundadora e presidente da Direcção desta ONGD, a campanha visa «contrariar o desinteresse que muitos jovens manifestam face à política, valorizando a sua participação cívica e despertando-os para temas locais, regionais e globais, relembrando que há toda uma agenda até 2030 por cumprir». A responsável refere-se aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que precisam da ajuda dos jovens para serem alcançados.
Com isto em mente, a AIDGLOBAL colocou nas mãos de Laura Almodovar a tarefa de idealizar a campanha. «É uma voz jovem que, através desta iniciativa, entra em discurso directo com os jovens de duas faixas etárias, 15-24 e 25-34, porque é este o público-alvo desta campanha», conta Susana Damasceno.
Segundo Laura Almodovar, as gerações mais novas são, muitas vezes, associadas a abstenção, baixa participação, desinteresse, desmotivação, insatisfação e desmobilização. Contudo, «os jovens têm muito a dizer». São, de acordo com a autora da campanha, uma «geração que quer estar informada e que actua por aquilo que acredita».
Exemplo disso será o facto de, em Portugal, os jovens adultos (dos 25-34) serem a faixa etária que mais procura notícias sobre política. Além disso, sublinha, mais de 30% dos jovens europeus mobilizou-se, durante a COVID-19, para ajudar quem precisava. «É também por isto que a nossa geração tem de levar a sua participação até ao voto», conclui.