Segundo a Catawiki, uma reconhecida plataforma de leilões online, as malas de luxo são atualmente os artigos mais falsificado, seguidas por ténis de marca e acessórios de moda. De acordo com a organização, 10,47% das malas analisadas pelos especialistas, em 2024, antes de irem a leilão, eram falsificações.
Mas como distinguir uma peça autêntica de uma imitação?
A quantidade de falsificações no mercado tem vindo a aumentar, com imitações cada vez mais sofisticadas. Hoje em dia, algumas falsificações vêm com embalagem própria e até microchips incorporados, explica a Catawiki.
Este fenómeno tem quatro causas principais:
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Elevada procura – As malas de luxo são símbolos de estatuto. Muitas pessoas desejam tê-las, mas nem todas conseguem pagar o preço.
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Margem de lucro elevada – Uma mala de luxo exige materiais caros e muitas vezes é feita à mão. Já as falsificações custam muito menos a produzir e ainda assim podem ser vendidas por valores elevados. Uma réplica bem-feita de uma Hermès Kelly pode custar 500 euros, mas a sua produção é baratíssima.
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Facilidade de imitação – Algumas marcas, como Jacquemus ou Loro Piana, produzem modelos minimalistas, fáceis de replicar. São malas básicas, com poucos detalhes e metais. Até há pouco tempo, nem sequer tinham código identificador.
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Amplo mercado consumidor – Praticamente toda a gente usa malas. É um produto universal.
Chanel, Louis Vuitton e Hermès são as marcas mais falsificadas. Distinguir uma mala autêntica de uma falsificada exige atenção a vários detalhes: materiais, ferragens, tipo de letra dos logótipos, número de série, entre outros.
No caso das Hermès, o design pode parecer simples, mas o couro é de uma qualidade excecional. Nas falsificações, o material costuma ser mais rígido e sem as marcas naturais típicas de um couro verdadeiro de alta gama. Além disso, as costuras das originais são inclinadas, se forem direitas, é um sinal de falsificação.
Os logótipos são outro ponto-chave. As falsificações muitas vezes apresentam letras desalinhadas, fontes incorretas ou espaçamentos irregulares. A simetria e a distância entre as letras são cruciais. Nos modelos originais são perfeitas; nas falsificações, é comum encontrarmos letras mais compridas, mais curtas ou até fontes alteradas.
O mesmo se aplica aos monogramas. Numa carteira verdadeira, consegue-se ver o couro por baixo da estampa. Nas falsificações, o padrão é impresso em materiais opacos que não revelam nada.
As partes metálicas, como fechos, logótipos ou fivelas, também não devem ser ignoradas.
As chamadas “super falsificações” copiam não só os materiais e acabamentos, mas também as embalagens, os recibos e até os microchips embutidos. Os números de série, embora imitados, costumam denunciar-se pela fonte ou papel utilizados. No caso da Chanel, por exemplo, o papel autêntico tem um brilho subtil que as falsificações não conseguem reproduzir.
Por vezes, o próprio formato da mala é mal copiado, com assimetrias visíveis ou proporções estranhas. E há ainda falsificadores que chegam a inventar modelos inexistentes.
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