A tecnologia e a engenharia também podem ser mundos de mulheres
A Portuguese Women in Tech (PWIT) e a E-Redes uniram forças para motivar e inspirar as jovens portuguesas a seguirem carreiras nas áreas da tecnologia e das engenharias. Para isso, criaram uma campanha que visa contribuir para um maior equilíbrio de género nas áreas tecnológicas, num horizonte de dez anos.
Com uma aposta na divulgação junto das escolas, esta iniciativa será divulgada em 800 agrupamentos escolares de todo o País. A campanha de sensibilização inclui uma série de 25 vídeos protagonizados por mulheres com carreiras nestas áreas, dez das quais técnicas e engenheiras da E-Redes, que vão actuar como role models – ou seja, exemplos a seguir.
Será ainda disponibilizado um programa completo de conteúdos pedagógicos às escolas. Professores e orientadores do segundo e terceiro ciclos, assim como do ensino secundário, terão acesso a ferramentas de trabalho para serem utilizadas em contexto de sala de aula, incluindo material de comunicação e exercícios práticos.
«Se esta iniciativa fizer com que um número significativo de alunas e alunos equacionem esta área para o seu futuro laboral, o nosso objectivo estará, em parte, cumprido. Para além de termos impacto nas gerações mais novas, a nossa grande expectativa é conseguir uma mobilização da comunidade em geral, com especial enfoque em pais e professores. Acreditamos que uma mudança de percepção é alcançável, mas tal só é possível trabalhando com as gerações que serão a futura força de trabalho», sublinha Inês Santos Silva, co-fundadora da comunidade Portuguese Women in Tech.
De acordo com dados do Eurostat, em Portugal, apenas 14,4% dos profissionais na área de Tecnologias de Informação são mulheres, número que está abaixo da média europeia. Em linha com estas percentagens, a E-Redes revela em comunicado que nos últimos cinco anos contratou 90 mulheres, das quais cerca de metade são formadas em engenharias.
«Esta iniciativa insere-se no compromisso de promoção de medidas que fomentam a diversidade de género e reflecte a constante preocupação da E-Redes em incorporar na sua estratégia de gestão princípios de igualdade. Integrar mais mulheres nas equipas e na liderança contribuirá para o desenvolvimento de uma cultura inclusiva, diversa e socialmente responsável», afirma José Ferrari Careto, presidente da E-Redes.