A Folia: Uma fusão de êxtase urbano e barroco para ver no CCB

O espetáculo “A Folia”, de Marco da Silva Ferreira, para o Ballet de Lorraine, é uma fusão de êxtase urbano, barroco e popular. Apresentado no CCB em Lisboa, esta criação explora o conceito de “folia”, originado em Gil Vicente, e que remonta a uma dança popular com raízes no caos rítmico do século XV.

O trabalho mistura o passado e o presente, o urbano e o rural, abordando temas como euforia, rebelião e a libertação do corpo e da mente após um longo dia de trabalho.

A coreografia e a música alternam entre o contemporâneo, com uma forte presença de eletrónica, e o barroco, criando um contraste entre movimentos acelerados e gestos mais clássicos.

A peça também reflete sobre a transição da “folia” das ruas para o ambiente da corte, tratando da ascensão dessa tradição à música erudita. Em palco, os bailarinos praticam movimentos intensos, como saltos e gestos de resistência, trazendo à tona a dualidade entre dança de clube e o formalismo barroco.

“A Folia” é, assim, uma celebração da liberdade, do encontro e da resistência corporal.

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