Com 10 mil euros pode entrar para o grupo de investidores que está a recuperar a marca portuguesa Famel
A marca histórica de motociclos Famel abriu uma nova ronda de investimento pensada para captar o investimento de entidade privadas. O objectivo é revitalizar a marca e trazer a emblemática XF-17, agora eléctrica, de volta à estrada.
«A recuperação da Famel não é apenas sobre a produção de motocicletas. É sobre reacender uma paixão e um legado», afirma Joel Sousa, CEO & re-founder da marca portuguesa, acrescentando que «com o renascimento da icónica XF-17, a FAMEL não só preserva a sua herança como também se adapta à nova tendência pela procura de soluções de mobilidade sustentáveis e eficientes».
O Fundo Novus, gerido pela Magnify Capital Partners, em parceria com o Banco Português de Fomento, já investiu 2,45 milhões de euros na revitalização da marca, a que se juntará o investimento de entidades privadas. Segundo informação dada esta manhã na apresentação à imprensa das novidades da Famel por Pedro Ortigão Correia, partner na Magnify Capital Partners, os investidores particulares poderão entrar no negócio com um investimento mínimo de 10 mil euros.
Finalizada esta ronda, a Famel estará em condições de acelerar o plano estratégico da empresa de revitalizar a marca. Joel Sousa acredita que as primeiras 100 unidades encomendadas começarão a ser entregues na Primavera de 2025. O re-founder da marca contou esta manhã que a previsão é que em 2026 sejam produzidas cerca de 700 unidades e a partir de 2029 cerca de 2.000 unidades por ano que deverão ter como destino principal o mercado europeu. «Temos bastantes pedidos de comunidades portuguesas que vivem na Europa», revelou. Quanto a preços de venda ao público, conte com 6.500 euros para poder ter a sua Famel.
Além do facto de ser eléctrica, a nova Famel vai incorporar componentes 50% feitos em Portugal e 80% europeus, o que traz vantagens na pegada ecológica. A produção será assegurada em Anadia, perto de Águeda.
Está já em curso, também, a possibilidade de personalizar os motociclos de maneira a que os proprietários possam ir mudando o look da mota ao longo do tempo. Além de se revelar como mais uma fonte de receita para empresa, é também uma resposta às necessidades das camadas mais jovens.
Texto de Maria João Lima