O grande híbrido da BMW
Se lhe tirar as rodas, é quase uma casa. O X5 da BMW não é só grande. É que parece que tem tudo. E ir de Lisboa ao Algarve é como se fosse “de avião”. Não pela velocidade, mas pelo conforto.
O modelo não é de hoje, mas a marca tem vindo a fazer alguns acertos ao nível do design para o trazer mais perto das preferências e gostos dos clientes. Até porque se este é carro que tem os que lhe são fiéis, também é verdade que continua a piscar o olho a novos e a conquistar. Isto, apesar do preço de entrada não ser para todos. Ou para poucos. Sim, o patamar com que se iniciam as vendas (ou as compras) não tem menos que três dígitos, à semelhança dos seus concorrentes mais directos.
E se o PVP inicial pode arrepiar os mais críticos, é uma questão de nos sentarmos ao volante e fazermos uma grande viagem para perceber que a marca não está a brincar em serviço.
O design exterior, como referimos, está mais estilizado e moderno, conferindo ao BMW X5 uma leveza que chama a atenção até dos mais distraídos. Sim, ganha alguns pontos face à sua versão anterior. A seguir, vem tudo o resto. Entre os materiais que foram escolhidos ao pormenor para alinharem com o posicionamento do modelo, às funcionalidades de condução e segurança, passando por todo o espaço interior, nada é ao acaso. Há investimento e trabalho directo ao target, cliente que se posiciona no segmento A e muito no empresarial!
O habitáculo leva toda uma família com espaço que chegue e sobre, e pode ir até aos sete lugares. Além de que traz consigo, entre outros, sistema de acesso Comfort, apoio lombar, bancos frontais aquecidos, já para não falar do sistema de som HiFi, eSIM pessoal e carregamento wireless.
E, claro que se há pessoas, pode haver malas, pelo que o porta-bagagens também não é modesto, com uma das maiores capacidades do segmento. Vá de férias, fim-de-semana, jogar golfe ou fazer alguma actividade que implique o transporte de sacos, malas e outros bens, não se preocupe que tudo é facil mente acondicionado.
Já falámos no conforto, mas repetimos. É que se a condução é fácil e quase intuitiva – parece que só lhe falta falar –, as várias posições do assento, ou a área para esticar pernas (ou não), ajudam a que os quilómetros vão passando e quase não se sintam. A não ser quando se olha para o relógio!
Claro que as funcionalidades ao nível de segurança não foram descuradas e neste X5 híbrido da BMW estão todas e mais algumas, mas sem ser intrusivas, com o assistente de condução Professional a servir de suporte ao condutor para maior segurança. De resto, os seus elementos luminosos de condução diurna servem como indicadores de sinal de mudança de direcção, o que reforça a presença e movimentos na estrada.
“Bebe” um bocado, é verdade. A autonomia eléctrica é bastante – no nosso caso chegou aos 80 km –, mas quando passa para a alimentação a combustível, a média facilmente ultrapassa os 10 litros/km.
Texto de M.ª João Vieira Pinto