6 traços positivos dos filhos únicos de que pouco se fala

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02/08/2025
20:00
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À medida que mais famílias optam por ter apenas um filho, começamos a perceber melhor quem são os filhos únicos e desmistificar os muitos estereótipos que ainda existem.

“A ideia negativa dos filhos únicos está tão entranhada na nossa sociedade como o sexismo ou o preconceito etário,” explica Susan Newman, psicóloga social e autora do livro Just One: The New Science, Secrets & Joy of Parenting an Only Child. “São mitos difíceis de eliminar, mesmo com evidências contrárias.”

Na verdade, estudos recentes mostram que crescer como filho único pode ter impactos positivos na saúde mental, na satisfação com a vida e noutras áreas.

Além disso, sendo as famílias com apenas um filho o tipo familiar que mais cresce, sobretudo em países como os EUA, esta é a altura ideal para desmistificar velhas ideias.

Segundo Susan Newman, estas ideias negativas surgiram ainda no final do século XIX. Investigações da época apontavam para aspetos negativos, mas revelaram-se baseadas em estudos com falhas metodológicas.

Na altura, considerava-se que o “tamanho ideal” da família era ter dois filhos. “Era a mentalidade dos anos 1950 e anteriores,” refere Newman. “Mas a verdade é que o número de filhos é uma escolha pessoal e os mitos sobre filhos únicos não resistem a estudos rigorosos.”

Outro fator que contribui para o aumento de famílias com um único filho são as mudanças sociais, como o ingresso tardio das mulheres no mercado de trabalho, o custo de criar filhos, e até preocupações com as alterações climáticas.

1. São sociáveis, mas também valorizam o tempo sozinhos

Muitas pessoas acreditam que quem cresce sem irmãos será necessariamente uma pessoa solitária. Toni Falbo, professora de Psicologia Educacional na Universidade do Texas, desmente isso.

Embora não tenham irmãos, estes filhos passam muito tempo com os pais, o que lhes proporciona uma relação próxima e oportunidades de socialização com outras crianças na escola, em atividades extracurriculares ou em convívios.

Além disso, o tempo a sós pode ser muito positivo, promovendo a criatividade e a capacidade de ocuparem o tempo de forma produtiva. Para muitas destas crianças, a solitude é vista como uma oportunidade para refletir, descansar ou desenvolver hobbies.

2. São extremamente leais nas suas relações

Sem irmãos na família, estes jovens criam laços profundos com amigos e familiares escolhidos, que muitas vezes funcionam como “irmãos por escolha”. Essas amizades tendem a ser duradouras e fiéis.

Como adulto, um filho único é aquele amigo que está sempre presente, seja em momentos bons ou difíceis.

3. Têm uma forte independência

Ao contrário do mito de que dependem dos pais para tudo, os filhos únicos são muitas vezes muito autónomos. Têm mais oportunidades de resolver problemas sozinhos e tendem a desenvolver maior autoconfiança, seja para planear viagens, iniciar projetos ou aprender novas competências sem precisar de validação externa.

4. Desenvolvem habilidades avançadas de comunicação desde cedo

Passando muito tempo com adultos, os filhos únicos habituam-se a um vocabulário e a um nível de conversa mais sofisticado do que as crianças que vivem em casas com vários irmãos.

Isto traduz-se, mais tarde, em maior facilidade em liderar, falar em público e integrar-se em ambientes profissionais.

5. São abertos a novas experiências

Um estudo de janeiro de 2025 revelou que filhos únicos tendem a ser mais recetivos a novidades e aventuras. Com pais que dedicam mais atenção e têm menos necessidade de controlar um grupo grande de crianças, estes jovens têm maior liberdade para explorar.

6. São mais semelhantes às outras crianças do que se pensa

Muitos acreditam que filhos únicos são “diferentes”, mas estudos mostram que essa diferença é mínima e isso é uma boa notícia.

Outros fatores, como a genética e o estilo parental, têm muito mais impacto na personalidade do que o número de irmãos.




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