Zoom mais do que duplica receita apesar das falhas de segurança
Antes de as palavras novo coronavírus entrarem para o vocubulário da população de todo o Mundo, muitos seriam aqueles que nunca tinham ouvido falar do Zoom. Porém, o teletrabalho e o ensino à distância vieram catapultar esta plataforma de videochamadas, tal como demonstram os mais recentes resultados financeiros: no trimestre de Fevereiro a Abril deste ano, o Zoom viu a receita mais do que duplicar, de 122 milhões para 328 milhões de dólares. Trata-se também de um salto significativo em relação ao valor esperado, já que as estimativas apontavam para 200 milhões.
Isto apesar de o Zoom ter estado envolvido num conjunto de acusações e críticas relacionadas com falhas de segurança e de privacidade dos utilizadores. Uma das situações mais polémicas teve lugar quando a plataforma garantiu que as suas videochamadas eram encriptadas quando, na verdade, não era isso que acontecia.
Como resposta, o Zoom decidiu renovar alguns aspectos da plataforma e reforçar a segurança da mesma. O processo de instalação e ferramentas que permitem aos utilizadores aparecer em videochamadas sem terem sido convidados são algumas das questões que já foram corrigidas ou melhoradas.
Quanto ao número de utilizadores activos, o Zoom não revela dados concretos. Diz apenas que passou a contar com um número sem precedentes de participantes nas reuniões por videochamada. Quanto a clientes pagos, a plataforma conta agora com mais de 265 mil organizações com mais de 10 funcionários (+354%).
O The Verge, sublinha, porém, que o aumento significativo na utilização da plataforma obrigou também a um aumento elevado nos custos: as despesas do Zoom cresceram 201 milhões de euros desde o período homólogo do ano passado.