Tinder está a perder adeptos. Geração Z procura outras apps de encontros
O número de novos utilizadores no Tinder não regressou aos níveis pré-pandemia, revela Gary Swidler, CEO do Tinder. Em declarações ao Financial Times, o responsável por uma das maiores aplicações de encontros a nível mundial admite que o Tinder começa a perder terreno: os downloads caíram 5%, em 2021, de acordo com dados da data.ai.
O motivo? Por um lado, a falta de interesse por parte dos mais jovens. A Geração Z, em particular, parece pouco interessada na dinâmica do Tinder, preferindo outras aplicações deste segmento, como o Bumble – que coloca as mulheres a dar o primeiro passo na interacção.
Ainda que o Tinder tenha mais utilizadores do que o Bumble (a diferença é mesmo na casa das dezenas de milhões), o primeiro vê o número de downloads abrandar ao passo que o segundo ganha força.
Segundo Gary Swidler, muitas pessoas mais velhas usam a app, mas tem sido difícil atrair utilizadores jovens, que têm outro tipo de comportamentos e necessidades. Vale lembrar que o Tinder existe há cerca de uma década e que é natural, por isso, que – tal como outras aplicações e redes sociais – vá perdendo popularidade. Especialmente, se não conseguir apresentar inovações que respondam às exigências de novos utilizadores.
E o Tinder saber disso: «Os novos utilizadores continuam a ser um desafio e é aí que a inovação de produto entra. Precisamos de dar às pessoas uma nova razão para entrar na categoria [das aplicações de encontros], elas não têm algo novo e entusiasmante há algum tempo», acrescenta o CEO.
Na mesma entrevista, Gary Swidler explica que cabe ao Tinder descobrir aquela que será a próxima grande novidade no mundo dos encontros. «Tende a surgir com uma evolução ou revolução tecnológica.»