Regresso às aulas sustentável. Pais compram material sem excessos
Ciente do impacto das decisões de consumo sobre as alterações climáticas, a maioria dos portugueses quer tornar este regresso às aulas “mais verde”. De acordo com o estudo do Observador Cetelem Regresso às Aulas 2021, 60% dos encarregados de educação concorda que é fácil tornar as compras mais sustentáveis: quanto mais avançado o nível de ensino, mais fácil se torna o processo, na opinião dos pais.
Numa análise geográfica, verifica-se que são os inquiridos da região Norte (71%) e os da Grande Lisboa (70%) que consideram mais fácil concretizar este objectivo. Já os inquiridos da Região Centro têm opiniões menos favoráveis (41%).
Ainda assim, 92% farão algo para tornar as compras do regresso às aulas mais sustentáveis: os encarregados de educação vão procurar comprar apenas o material escolar necessário (60%), nomeadamente aqueles que têm filhos a frequentar o pré-escolar (72%). Já 49% vão optar por reciclar materiais, sobretudo os estudantes do ensino superior (63%). Para 32% o melhor passa por se deslocarem a lojas de proximidade e 15% vão optar por produtos sem embalagens ou com embalagens recicladas.
Segundo os dados do estudo, seis em cada 10 inquiridos tencionam comprar material escolar sustentável, sendo que 12% tencionam que estes representem mais de metade do material adquirido. Além disso, 18% estão dispostos a pagar mais para adquirir materiais amigos do ambiente – 10% pagariam a mais até 5% do preço; e 8% mais de 5%. Por outro lado, 72% revelam não estar disponíveis para tal.
O mesmo relatório dá ainda conta de que os encarregados de educação vão procurar comprar alternativas sustentáveis no que diz respeito ao material escolar essencial (58%), artigos de vestuário e calçado (51%) e materiais de educação física (50%).