Os consumidores de luxo norte-americanos estão a alterar os seus padrões de consumo, afastando-se de artigos tradicionalmente associados ao prestígio, como malas de mão e produtos de beleza de luxo. Segundo um relatório de setembro da EMARKETER e da Bizrate Insights, as compras de malas e artigos de pele de luxo registaram uma queda de 12,8 pontos percentuais entre adultos compradores de luxo nos EUA desde 2022.
Apesar desta diminuição, as vendas de fragrâncias continuam a crescer. Dados da Circana de agosto indicam que as vendas em dólares de perfumes aumentaram 17% no segmento mass-market e 6% no segmento de prestígio face ao ano anterior. Este contraste sugere que os consumidores estão a procurar experiências de luxo mais acessíveis ou práticas, ao mesmo tempo que reduzem gastos em artigos de alto valor simbólico.
A confiança no consumo de luxo, contudo, está a recuperar. Um relatório da Saks de setembro revela que 56% dos consumidores de luxo planeiam manter ou aumentar os seus gastos nos próximos três meses, um aumento face aos 47% registados em abril.
Para marcas e retalhistas, estas tendências indicam a necessidade de rever estratégias. A diminuição do apelo da beleza de prestígio deve ser avaliada em comparação com categorias em crescimento, como calçado e relógios, e pode exigir uma proposta de valor renovada para atrair e fidelizar clientes.
