Quando o latte sabe a porco assado: como as marcas globais estão a reinventar-se para conquistar a China

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Marketeer
28/07/2025
11:43
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28/07/2025
11:43
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Frente à desaceleração económica da China e à crescente pressão competitiva de marcas locais, multinacionais como a Starbucks, a Decathlon e a Häagen-Dazs estão a repensar o seu posicionamento no país, avança a Bloomberg. A nova realidade obriga estas marcas a ir muito além da simples presença internacional e leva-as a apostar em parcerias locais, produtos culturalmente adaptados e, em alguns casos, à venda parcial ou total das suas operações.

A resposta? Um cardápio altamente localizado: a Starbucks, por exemplo, lançou recentemente um latte com sabor a carne de porco assada para competir com redes locais como a Luckin Coffee, que cresce de forma agressiva no país.

A Häagen-Dazs seguiu caminho semelhante ao apresentar sabores exclusivos para o Ano Novo Lunar, enquanto marcas como a Yum China (KFC e Pizza Hut) oferecem wraps de pato à Pequim, pizzas de durião e tartes de ovo.

Este tipo de inovação é tudo menos excêntrica: trata-se de uma abordagem estratégica que visa alinhar os produtos com os gostos sofisticados e emocionalmente enraizados dos consumidores chineses, especialmente os mais jovens que, hoje, valorizam cada vez mais o valor, a experiência e a identidade local.

Para além da adaptação de produto, muitas destas marcas estão agora a explorar reestruturações estratégicas. A General Mills, proprietária da Häagen-Dazs, está a considerar vender as suas mais de 250 lojas na China.

A Decathlon iniciou um processo para alienar 30% do seu negócio no país, e a própria Starbucks, com mais de 7.750 lojas na China, procura parceiros ou compradores estratégicos.




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