Quando a cortiça se une à electricidade…
Com elementos em cortiça no seu interior, o Mazda MX-30 não é indiferente aos portugueses. Conjuga um motor eléctrico com boa autonomia, conforto e destaca-se também pela peculiaridade de umas portas suicidas.
Texto de Rafael Paiva Reis
Mazda MX-30 é um statement de sustentabilidade. Por um lado, é eléctrico, caminhando no rumo para reduzir a pegada de CO2 no planeta. Por outro, procurou materiais sustentáveis para o seu interior, um dos quais a cortiça, directamente da Amorim, resultando num modelo que é apelativo em termos de performance bem como a nível estético. Mas comecemos pelo exterior. O Mazda MX-30 tem um design distinto, com um look elegante, que surpreende com as portas estilo suicida (a marca apelida-as de freestyle). Para conferir personalização, o tejadilho emoldurado está disponível nos tons Silver ou Dark Metallic, combinando com as cores da carroçaria Soul Red Crystal, Polymetal Gray ou Cinza Ceramic.
No seu interior, a cortiça envelhecida na consola central flutuante, bem como nos puxadores, fá-lo parecer “português”, ao mesmo tempo que transmite uma sensação de conforto. A sustentabilidade está também presente nas portas, já que o seu revestimento é feito de fibras obtidas a partir de garrafas de plástico recicladas. O compartimento de bagagem tem um bom acesso e tem uma capacidade de 366 litros, cabendo perfeitamente quatro malas de viagem, sobrando ainda espaço.
O MX-30 contempla ainda um painel digital para controlo do ar condicionado, através de um touchscreen de 7 polegadas na consola central inferior. Para uma boa experiência musical, conta com dois sistemas de som de elevada qualidade: o sistema Mazda Harmonic Acoustics ou, em opção, o sistema de som premium Bose de 12 altifalantes. Nos bancos traseiros, apesar de não abundar muito espaço para a cabeça, as pernas podem ir confortáveis.
A posição de condução é alta, mas envolvente. Os bancos são confortáveis e oferecem bom apoio. Assim que aceleramos, sentimos a potência do motor eléctrico de 150 CV. Tem boa resposta e a caixa automática mostra-se rápida. A Mazda desenvolveu o seu próprio conceito de “Pedal Motor” especificamente para o Mazda MX-30, uma evolução do pedal do acelerador tradicional que reduz o tempo de resposta do veículo às solicitações do condutor.
O seu motor permite atingir os 100 km/h em 9,7 segundos, sendo que a velocidade máxima está limitada aos 140 km/h. Quanto a autonomia, a marca promete (para os que têm um pé regrado) 200 km. As baterias do MX-30 podem ser carregadas de 20% a 80% em aproximadamente três horas, com potência AC, ou em aproximadamente 36 minutos, em potência DC.
Em suma, o MX-30 confere uma estética arrojada, um interior confortável e moderno e uma condução agradável, seja para percursos nas cidades ou auto-estrada. O preço começa nos 35 mil euros na versão Excellence, afigurando-se uma boa opção para quem quer conjugar a mobilidade eléctrica com uma autonomia suficiente para pequenos e médios percursos.
Este artigo foi publicado na edição de Outubro de 2021 (n.º 303) da Marketeer.