Quais as farmacêuticas em Portugal com melhor presença online?
Apesar de a saúde estar no centro da discussão pública e dos consumidores estarem mais predispostos a consumirem conteúdos relacionados com este sector, ainda há “um número considerável” de empresas farmacêuticas que não está a aproveitar o momento para melhorar a sua comunicação nos meios digitais. A conclusão é de um estudo do The Worldcom Public Relations Group.
O estudo Digital Health Monitor analisou a forma como 24 empresas farmacêuticas globais gerem a sua presença online e canais de comunicação em 27 países, incluindo Portugal. Segundo o estudo, a “falta generalizada de conteúdo localizado” continua a ser a grande falha das farmacêuticas no que toca à comunicação digital, na medida em que muitas empresas do sector não dispõem de informação específica para cada mercado onde estão presentes. «Há um número considerável de grandes empresas farmacêuticas que não estão a optimizar as suas redes sociais e meios de comunicação online. Muitos canais online relevantes são deixados de lado e o conteúdo disponível não está distribuído e localizado de forma eficiente», conclui a Worldcom.
O estudo inclui ainda um ranking digital que classifica as 24 empresas analisadas consoante a sua presença e forma de utilização de apps, blogues, websites corporativos e localizados e redes sociais, tanto a nível internacional como local. Em Portugal, a AbbVie lidera o ranking de forma “destacada”, com 56,5 pontos em 90 possíveis, seguindo-se no top 5 a Boehringer Ingelheim, a Novartis, a Abbott e a Johnson & Johnson, por esta ordem. No fundo da tabela, encontram-se a Teva Pharmaceutical (32,5), a Gilead Sciences (31) e a Takeda (30). Já a nível mundial, é a farmacêutica Abbott quem lidera o ranking digital.
«Apesar de nem todos os canais serem relevantes para a indústria farmacêutica, faz sentido criar uma estratégia integrada de comunicação global para assegurar que não estão a ser desperdiçadas oportunidades», afirma em comunicado Fernando Batista, director executivo da agência Do It On, representante da Worldcom em Portugal. «Agora, mais do que nunca, as pessoas estão interessadas em conteúdo relacionado com cuidados de saúde. Este é o momento para as companhias farmacêuticas tirarem proveito do interesse acrescido que adquiriram para interagir com as suas audiências através de conteúdo educacional e que acrescente valor», conclui.
Redes sociais estão subaproveitadas
Entre os diferentes canais de comunicação digital que as empresas farmacêuticas têm ao seu dispor, as redes sociais serão um dos mais utilizados. E, com efeito, o Digital Health Monitor conclui que 23 das 24 empresas farmacêuticas analisadas têm uma conta internacional de Facebook. Contudo, esta rede social «só está a ser utilizada em 34% do seu potencial, dada a falta de contas específicas por país», conclui a Worldcom.
Nas restantes redes sociais, o cenário é idêntico: no Twitter, por exemplo, só a Takeda não tem uma conta internacional; o LinkedIn está presente a nível internacional, mas páginas localizadas não são muito comuns; e quanto ao YouTube, a existência de canais locais está presente em apenas alguns países. «O impacto dos restantes canais, como o TikTok, Pinterest, Flickr, Instagram e Tumblr é irrelevante, na medida em que a utilização ou interacção obtidas é menor que 13%», refere a Worldcom, acrescentando que «de forma geral, a eficiência dos canais – medida por critérios como número de seguidores, posts, páginas específicas por país, canais dedicados e actualizações – é surpreendentemente baixa.»
De acordo com o mesmo estudo, combinando todas as redes sociais e classificando por farmacêutica, a que melhor tira proveito destes recursos a nível global é a Bayer, em oposição à Gilead Sciences, que ocupa o último lugar.