Philips prepara-se para despedir quase sete mil funcionários
A Royal Philips Electronics, maior fabricante mundial de lâmpadas, anunciou que pretende eliminar 2200 postos de trabalho, que se juntam aos 4500 despedimentos já anunciados no âmbito de um plano de reestruturação lançado no ano passado. Até ao momento, desconhece-se se a medida pode vir a afectar os trabalhadores portugueses.
Com a extinção de 2200 postos de trabalho adicionais, a Philips espera alcançar uma poupança de 300 milhões de euros, 50 milhões dos quais ainda este ano, anuncia a empresa, citada pela agência Bloomberg. Ao todo, a empresa holandesa estima poupar 1,1 mil milhões de euros até 2014 com o actual plano de restrutuação, que incide sobretudo sobre as áreas de negócio de iluminação e cuidados de saúde. De acordo com o último relatório anual da empresa, citado pela Bloomberg, a Philips empregava no final do ano passado aproximadamente 121.900 pessoas, sendo que 44% trabalhava na área de iluminação e 31% na área de cuidados de saúde.
Em declarações avançadas à agência Lusa, Angela Barrios, directora de Comunicação e Relações Públicas da Philips em Portugal, afirmou desconhecer se os despedimentos poderão abranger os trabalhadores nacionais. «Não conhecemos quaisquer detalhes sobre o impacto potencial deste corte», referiu.
Para além dos despedimentos, a Philips pretende simplificar a gestão e aumentar as margens através da poupança na aquisição de matérias primas. Os objectivos financeiros da empresa para 2013 passam por alcançar um aumento das vendas entre os 4 e os 6% e uma margem EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) entre os 10 e os 12%.
Fruto deste plano de restruturação, a empresa conseguiu, no segundo trimestre do ano, regressar aos lucros, depois de no mesmo período do ano passado ter registado um prejuízo de 1,35 mil milhões de euros.