PHC Hotels quer crescer em valor e fecha parceria com Intercontinental
Dentro de três anos, o Hotel Mundial, no Martim Moniz em Lisboa, estará totalmente renovado num projecto que orçará em 17 milhões de euros e que envolverá não só obras no lobby, bar, restaurante e nos 349 quartos, como melhoria nos serviços e recrutamento de mão-de-obra qualificada. Mas não é só no Mundial que o Grupo PHC Hotels está a investir, depois de em Janeiro do ano passado ter desenhado uma estratégia abrangente e transversal às suas actuais três unidades (Hotel Mundial, Portugal Boutique Hotel e My Suite Lisbon Guest House), a que acrescentará uma quarta já em Junho – o Convent Square Hotel Vignette Collection – para crescer em valor e chegar a novos segmentos de clientes.
De resto, foi precisamente este último hotel que desencadeou o trabalho em curso, depois da PHC Hotels ter percebido que ou abria «mais um hotel de quatro estrelas, ou ia buscar parceiro internacional que lhe garantisse parâmetros de qualidade» e alavancasse para um patamar superior, conforme partilha o director-geral de Operações da PHC Hotels, Miguel Andrade, enquanto recorda que o parceiro escolhido foi o Grupo Intercontinental, depois de terem sido analisadas três hipóteses.
Num investimento de 36 milhões de euros, o novo hotel com 121 quartos – antigo Convento que remonta a 1242 – abre em Junho num quarteirão bem ao lado do Mundial (baixa de Lisboa) e terá então a chancela Vignette Collection, a qual se reflectirá ao nível de serviço, amenities nos quartos ou na própria cor escolhida para a decoração. «Será um produto de qualidade e liffestyle», destaca: «Será um produto que irá respirar por si só dentro da hotelaria nacional mas que estará associado a uma marca de luxo!»
Recrutado foi já o director do hotel, João Neto – que chega do Four Seasons da Costa Rica – assim como definido o preço médio por quarto, que estará acima dos 200 euros.
De destacar que no mercado português a Vignette Collection passará a ter a sua assinatura em quatro unidades hoteleiras – um em Lisboa, um no Porto e dois no Algarve.
Para chegar a este patamar o Grupo está a trabalhar em vários eixos, nomeadamente os Recursos Humanos, a que se seguiu a melhoria do produto hoteleiro, o desenvolvimento da qualidade enquanto factor de sustentabilidade dos produtos, acrescentando ainda a estratégia comercial e a segmentação. «Para maximizar o rendimento por quarto, quer o preço, quer o RevPar», confirma o responsável, lembrando que «o Hotel Mundial, por exemplo, estava um pouco esgotado do ponto de vista de rentabilidade. O hotel tinha uma segmentação muito alicerçada na tour operação, segmento que não reponde em valor e qualidade. Entendemos que fazia sentido rever essa segmentação, mantendo-a mas acrescentando os segmentos directos e OTA». Dois targets que implicam desde logo qualidade, serviço e experiência. Começou então por se olhar à estrutura organizacional com equipa a ser redesenhada e focada nas receitas a 100%. Contratada foi também equipa de F&B, criada uma nova direcção comercial e a criar em breve será um departamento de qualidade transversal ao Grupo.
Ou seja, é um trabalho de crescimento em valor o que a PHC Hotéis tem vindo a desenvolver desde há um ano, para crescer em receitas e chegar a novos segmentos de clientes.
Texto de M.ª João Vieira Pinto