Peugeot: este 308 veio para ganhar

O modelo é dos mais icónicos da Peugeot, pelo que este recente lançamento mereceu várias honras. As cartas estão jogadas, são fortes e a marca promete vir a ganhar ainda mais espaço nas estradas… cá e lá fora.

Fuja aos estereótipos. Deixe-se inspirar pelo estilo “não-conformista”. É assim que se apresenta o mais recente modelo da família 308, que chegou agora à sua terceira geração e que representa um dos principais lançamentos da Peugeot este ano – quanto mais não seja, pelo volume de vendas que até à data já conseguiu conquistar. A nível mundial e em Portugal, em particular.

Para já, e para início de conversa, a gama distribui-se por duas motorizações a gasolina, uma outra a Diesel e ainda duas híbridas plug-in, a acompanhar a tendência e evolução do mercado. A Marketeer foi experimentar esta última, numa viagem ao longo de dois dias, 600 km, muita auto-estrada e alguma estrada nacional secundária.

O 308 não é propriamente um carro de grandes dimensões, isso já o sabemos. Os lugares da frente têm espaço que chegue, sendo apenas mais curta a área entre o banco traseiro e os assentos dianteiros. Mas o porta-bagagens, esse é q.b. para um modelo desta dimensão – mais de 400 litros de capacidade –, cabendo bem duas malas de viagem e mais algumas tralhas, sendo que no caso do 308, que levámos de fim-de-semana, o espaço apenas ficou ligeiramente reduzido com a mala de transporte dos cabos de carregamento das baterias. Mas coisa pouca! Ah, mas começando pelo exterior, é verdade, é bastante mais arrojado que o seu antecessor, o que está desde logo bem patente na grelha frontal que se impõe por completo e onde se destaca o novo logótipo da marca. Mais – e apesar de não ser uma berlina –, é mais largo, mais baixo e mais comprido que o modelo anterior, com uma traseira ainda mais bem desenhada. Tudo mais, portanto!

O nível de tecnologia a bordo e ajuda à condução é elevado, com tudo a que os sistemas mais sofisticados têm direito. O painel é digital e 3D, mas, confessamos, nem sempre fácil… O que é que não gostámos? Da entrada USB, não ajustada aos nossos cabos de telemóvel, pelo que também não permitiu carregá-los.

Tirando isso, convence à primeira. O conforto é francês – e, aqui, não há quase nada a dizer –, o nível de insonorização mais que elevado e os materiais chamam à sofisticação. Em auto-estrada responde bem – sim, tivemos atenção aos radares – e gasta pouco, indo buscar carga nas descidas. Já em estrada, bebe mais um bocado…

O que garantimos é que este híbrido não veio para brincar. De resto, o preço com que arranca também não é para brincadeira: 46.550 euros! E promete vir a ganhar lugar de destaque nas estradas portuguesas.

Texto de M.ª João Vieira Pinto

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