Os países que continuam mais fiéis à televisão. Reino Unido lidera o ranking entre os grandes mercados

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Marketeer
10/12/2025
14:30
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Apesar de um ecossistema cada vez mais dominado por plataformas de streaming e pelos ecrãs de dispositivos móveis telas de dispositivos móveis, a televisão tradicional continua a manter uma posição relevante em vários mercados importantes. Dados da Statista revelam que, apesar da rápida digitalização sentida a nível global, alguns dos grandes mercados mantêm o hábito de assistir televisão linear, como o Reino Unido, que apresenta a maior taxa de telespectadores fiéis, na ordem dos 32%.

O Reino Unido destaca-se assim como o país onde a televisão continua a ter maior expressão, para o que contribui a força histórica de algumas das suas televisões, tanto públicas como privadas — como a BBC, ITV ou Channel 4 — e o sucesso de formatos que ainda atraem grandes audiências, como programas de jogos, reality shows, noticiários e eventos desportivos.

O mercado europeu lidera o ranking, uma vez que na segunda e terceira posição surgem a França (29%) e a Alemanha (28%), cujos consumidores continuam a encontrar na televisão uma fonte de informação fiável e um complemento para o entretenimento familiar. “A estabilidade destes números reflete o peso cultural das redes nacionais e a preferência pelo conteúdo local face ao oceano global das plataformas de streaming”, aponta a Merca2.0.

Nas posições seguintes, empatados, surgem os Estados Unidos, a Coreia do Sul e a África do Sul, sendo digno de nota a forma como países com sistemas sociais, económicos e digitais tão distintos apresentam exatamente o mesmo nível de consumo de televisão (23%). Nos Estados Unidos, a televisão continua a apresentar-se como uma “força motriz para o desporto profissional, programas de notícias e programas de entrevistas noturnos, formatos que mantêm audiências estáveis ​​mesmo na era do streaming”.

Já a Coreia do Sul mantém uma “forte ligação com os dramas e programas de variedades que moldaram a sua identidade cultural durante décadas”, enquanto na África do Sul, a televisão linear “continua a ser um canal central para informação e entretenimento acessíveis”.

O Brasil surge na sétima posição do ranking, com 21% da população deste país sul-americano a manter o hábito tradicional de assistir televisão, num número que “reflete a transição para modelos híbridos, nos quais a televisão coexiste com o consumo de conteúdo em dispositivos móveis”. No entanto, e apesar de gigantes como a Globo continuarem a ser omnipresentes, o público jovem está cada vez mais a migrar rapidamente para as plataformas digitais.

Já na China, a taxa de público que permanece fiel à televisão linear desce para 16%, num mercado onde a ascensão das apps móveis e plataformas de vídeo como a Douyin transformaram a forma como o entretenimento é consumido, relegando a televisão para um papel secundário.

Os dados revelam assim um panorama diversificado, onde “a televisão não desaparece, mas se adapta ao seu próprio ritmo, de acordo com a dinâmica cultural, económica e tecnológica de cada país”, transformando-se num meio complementar em alguns mercados, enquanto noutros “permanece um pilar informativo e um ritual diário insubstituível”.




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