A tentativa da Paramount de impedir a aquisição da Warner Bros. pela Netflix já fez correr muita tinta nos jornais. A oferta hostil de aquisição de 108,4 mil milhões de dólares — feita após o acordo de compra entre a Netflix e a Warner Bros. por 83 mil millhões — não chega, no entanto, aos primeiros dois lugares do ranking das maiores ofertas hostis já feitas.
O primeiro lugar é ainda ocupado pela Vodafone que, na entrada do novo milénio, realizou a maior oferta pública de aquisição hostil já registada, com a compra da empresa alemã Mannesmann por aproximadamente 171 mil milhões, o que resultou no maior grupo de telecomunicações do mundo, refere o elEconomista.
Já a segunda maior transação do género — embora formalmente tenha depois sido concluída como um acordo — ocorreu em 2016, depois de a belga-brasileira AB InBev ter chegado a um acordo com a britânica SABMiller por aproximadamente 114,4 mil milhões de dólares. A integração da concorrente britânica teve como resultado a criação do maior grupo cervejeiro do mundo.
Destronado para o quarto lugar — depois da oferta da Paramount entrar para a terceira posição deste ranking — está a proposta feita em 2007 pelo consórcio formado pelo Royal Bank of Scotland, Fortis e Santander para a aquisição do banco holandês ABN AMRO, avaliada em cerca de 97 mil milhões. Esta aliança prevaleceu sobre o Barclays após uma batalha abertamente hostil, tendo a transação sido concluída através de um acordo misto, com pagamentos em dinheiro, troca de ações e permuta de ativos.
Em quinto lugar surge a oferta hostil feita pela Pfizer entre 1999 e 2000 para a aquisição da Warner-Lambert, por aproximadamente 86,6 mil milhões de dólares. A farmacêutica norte-americana lançou a oferta hostil de aquisição com o objetivo de romper o acordo que a Warner-Lambert havia firmado com a American Home Products, visando obter o controle total do Lipitor, então um dos medicamentos mais vendidos do mundo. A disputa terminou com a aceitação da oferta e a consolidação da Pfizer como líder global do setor.
