Obras da Gulbenkian saltam para a Avenida da Liberdade
Até ao final deste mês, descer ou subir a Avenida da Liberdade, em Lisboa, poderá ser equivalente a uma visita a um museu. Mais concretamente, o Museu Gulbenkian, que se juntou à Associação Avenida para uma iniciativa que envolve a reprodução de algumas das suas obras.
No total, são 14 os espaços de uma das principais artérias da capital a receber obras de artistas reconhecidos a nível mundial, no âmbito da campanha “Art Matters”: Boutique dos Relógios Plus Art, Cushman & Wakefield, David Rosas, Elisabetta Franchi, JNcQUOI, Loja das Meias, Massimo Dutti, Olhar de Prata, Rosa & Teixeira, Timberland, Torres Joalheiros e, ainda, os hotéis Heritage, Britania e Lisboa Plaza.
«Como podemos realmente aferir a utilidade do Belo na nossa sociedade, ante o conjunto de carências vitais expostas pela presente pandemia — quadro que, ao invés, parece antes colocá-lo num patamar difuso de inutilidade? É a Arte (obviamente entendida em sentido lato) essencial à vida, simplesmente útil, ou, finalmente, despicienda?», questiona António Filipe Pimentel, director do Museu Calouste Gulbenkian.
A nova iniciativa tem como objectivo evidenciar a relevância da arte e o poder regenerador que pode ter na sociedade, especialmente em tempos de crise. As lojas e hotéis que decidiram associar-se incorporaram as obras no interior dos seus espaços ou nas próprias montras, chamando novos públicos. Junto a cada uma das reproduções, está disponível um QR code que garante mais informação sobre a mesma.
Segundo Pedro Mendes Leal, presidente da Associação Avenida, uma das missões desta organização é «dar voz à diversidade cultural desenvolvida nas suas emblemáticas salas de espectáculos e museus associados, estando abertos a outro tipo de iniciativa». É neste sentido que surge a parceria com a Gulbenkian, descrita como a combinação perfeita entre «obras de arte de artistas de renome internacional e espaços na Avenida da Liberdade com um legado histórico e ambientes de charme».