
O seu filho joga Roblox? CEO da empresa deixa alerta para os pais
Num mundo onde os jogos são portais para aventuras épicas, batalhas intensas e mundos desconhecidos, os pais precisam ser mais do que meros espectadores.
A Roblox, uma empresa sediada nos EUA e uma das maiores plataformas de jogos do mundo – com mais usuários mensais do que o Nintendo Switch e o Sony PlayStation juntas – tinha, em 2024, em média mais de 80 milhões de jogadores por dia, e cerca de 40% deles tinham menos de 13 anos.
O problema da dimensão de adolescentes entre a totalidade dos jogadores é a crescente onda de bullying e aliciamento de menores na plataforma sem que os pais tenham conhecimento e possam proteger os filhos.
Com base neste problema, já identificado, o CEO e cofundador do Roblox, David Baszucki, garantiu que a empresa está vigilante na proteção dos utilizadores, sublinhando, em declarações à BBC News, que apesar de “dezenas de milhões de pessoas” terem “experiências incríveis” no Roblox, há que estar alerta.
“A minha primeira mensagem seria: se você não se sente confortável, não deixe os seus filhos usarem Roblox. Isso soa um pouco contraintuitivo, mas eu confio nos pais para tomarem suas próprias decisões”, declarou.
A plataforma, que conta com mais utilizadores mensais do que a Nintendo Switch e a PlayStation juntas, tem vindo a reforçar medidas de segurança. Para combater comportamentos inadequados, a empresa analisa todas as comunicações e recorre a sistemas avançados de IA para identificar atividades suspeitas.
“Nós na empresa assumimos a atitude de que qualquer incidente grave, mesmo que seja só um grave, é já um a mais. Nós observamos o bullying, observamos o assédio, nós filtramos todos esses tipos de coisas, e eu diria que, nos bastidores, a análise continua até, se necessário, chegar à polícia”, frisou o CEO.
Desde novembro do ano passado, utilizadores com menos de 13 anos estão proibidos de enviar mensagens diretas e de participar em “hangout experiences”, espaços onde a interação entre jogadores acontece em tempo real. Baszucki garantiu ainda que a empresa mantém uma postura de tolerância zero e que, quando necessário, colabora com as autoridades para garantir a segurança da comunidade.