Motorista homem ou mulher? «A segurança é o mais importante para os utilizadores da Bolt»

Quando foi a última vez que se cruzou com uma mulher ao volante de um táxi ou TVDE? O número ainda é reduzido mas não há motivo para esta ser uma profissão quase exclusivamente masculina. Na Bolt, 10% do universo de motoristas, a nível global, é do sexo feminino, segundo avança Maia Pedro, Responsável de Marketing da empresa de mobilidade em Portugal.

Para homenagear as mulheres portuguesas que dedicam os seus dias a levar passageiros do ponto A ao ponto B, a Bolt decidiu desenvolver uma campanha com vídeos que dão a conhecer os testemunhos de algumas das suas parceiras. Embora tenha sido inspirada pelo Dia Internacional da Mulher, que se assinalou no dia 8 de Março, a acção tem a duração de um mês.

Além de reconhecer as mulheres que fazem parte da plataforma, «é uma campanha que também tem o propósito de desmistificar alguns preconceitos que, infelizmente, ainda existem sobre a percepção entre homens e mulheres motoristas». Segundo Maia Pedro, em entrevista à Marketeer, apesar de 72% dos inquiridos num estudo da Bolt acharem que existe a ideia de que os homens são melhores condutores do que as mulheres, o mesmo universo considera que o género do motorista não implica nenhuma diferença na sua experiência.

«A segurança é o mais importante para os utilizadores da Bolt e isto é algo que está muito em linha com o nosso posicionamento no mercado», explica Maia Pedro.

Nesse sentido, há que ter em consideração as necessidades de segurança em diferentes países, motivo pelo qual a Bolt está a lançar na África do Sul uma categoria só para mulheres: motoristas e passageiras. Fará sentido uma solução deste tipo em Portugal?

Acompanhe a conversa na íntegra:

Como surgiu a ideia? Quando começaram a divulgar estes vídeos?

A Bolt lança frequentemente campanhas para atrair mais mulheres para as suas equipas de motoristas e este ano não foi excepção. Esta iniciativa surgiu no âmbito do Dia da Mulher com o objectivo de homenagear as mulheres portuguesas que todos os dias se dedicam a esta profissão através da partilha de vídeos a contar as suas histórias de vida na página oficial da plataforma de mobilidade.

É uma campanha que também tem o propósito de desmistificar alguns preconceitos que, infelizmente, ainda existem sobre a percepção entre homens e mulheres motoristas.

“O que é que os utilizadores realmente procuram no momento em que escolhem viajar com a Bolt?” Foi com base nesta premissa que lançámos um inquérito à nossa comunidade, através do qual obtivemos cerca de 22 mil respostas. Esta campanha e as principais conclusões do estudo vieram demonstrar que há estereótipos que podem ser deixados “à porta do carro”, como por exemplo a crença que ainda existe de que os homens conduzem melhor do que as mulheres.

Assim, com esta iniciativa, a Bolt pretende celebrar as motoristas mulheres que fazem parte da nossa rede e que todos os dias levam os passageiros ao seu destino em segurança. Acreditamos que também nós, como organização, temos o papel importante de demonstrar que ainda há preconceitos que são datados e são mitos na sociedade e que é importante continuar a combatê-los até que desapareçam.

Os vídeos começaram a ser lançados no dia 10 de Março e a campanha terá a duração de um mês.

Em que meios podemos encontrá-los?

A campanha está, actualmente, a ser divulgada nas redes sociais da Bolt, a nível nacional e global.

Quantos vídeos foram desenvolvidos? Todos em Lisboa?

Apesar de a Bolt estar presente em várias cidades em Portugal, devido ao confinamento tivemos de limitar a produção de vídeos a Lisboa e de seleccionar algumas mulheres motoristas da equipa que cobre esta zona do território. No entanto, esta é uma campanha global da Bolt e, durante o próximo mês, será possível assistir aos testemunhos de motoristas de várias nacionalidades nas diferentes redes sociais dos mercados em que operamos.

Qual tem sido o feedback do público?

O feedback tem sido bastante positivo e tem gerado uma onda de partilha de experiências entre a nossa comunidade de passageiros e motoristas, nomeadamente entre as mulheres.

Enviámos um questionário aos utilizadores em Portugal para sabermos se existe uma percepção diferente sobre homens e mulheres motoristas. As descobertas, baseadas em 22,522 respostas, foram surpreendentes. Apesar de 72% dos inquiridos acharem que existe uma crença em Portugal sobre os homens serem melhores condutores do que as mulheres, o mesmo universo considera que o género do motorista não implica nenhuma diferença na sua experiência.

A segurança é o mais importante para os utilizadores da Bolt e isto é algo que está muito em linha com o nosso posicionamento no mercado. A segurança é a nossa principal prioridade e é isso que garante o serviço de qualidade a que habituamos os nossos passageiros.

A Bolt conta neste momento com quantas mulheres na equipa de motoristas?

A nível global, 10% do universo de motoristas da Bolt são mulheres.

Há também mulheres na Bolt Food?

Sim, mas a campanha deste ano, em que homenageamos mulheres motoristas, é mais focada em ride-hailing.

Quais são os principais desafios para atrair mulheres?

Na Bolt, estamos orgulhosos por ver a evolução da sociedade — nem há uma década era ilegal as mulheres conduzirem em determinados países e meios de transporte. Através da plataforma Bolt, hoje as mulheres podem escolher trabalhar de forma flexível e no seu próprio horário, de acordo com o seu estilo de vida. Um dos maiores desafios, em algumas regiões do globo, ainda é a segurança.

Neste pilar, a Bolt anunciou recentemente a criação de uma categoria “só para mulheres” na África do Sul, com o objectivo de ajudar a responder às suas necessidades de segurança e melhorar a sua mobilidade, ao permitir ligar condutores do sexo feminino a passageiros do mesmo sexo.

Por cá, faria sentido uma aposta deste género?

Adaptamos a nossa estratégia às necessidades de cada país, sendo que fez sentido a criação de uma categoria “só para mulheres” na África do Sul. Acima de tudo, com este tipo de iniciativas tentamos ajudar a promover o acesso a serviços de mobilidade em economias emergentes. Estamos sempre a analisar as necessidades e oportunidades em todos os mercados em que operamos, mas ao dia de hoje, por serem mercados diferentes, em Portugal não iremos avançar com o lançamento desta categoria.

Texto de Filipa Almeida

 

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