LEGO: como ser sustentável quando se é o maior fabricante de blocos de plástico do mundo

NotíciasSustentabilidade
Marketeer
20/10/2025
16:10
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A LEGO, conhecida pelos seus icónicos blocos de construção, enfrenta um grande desafio: tornar-se mais sustentável sem abdicar da qualidade e durabilidade que a caracterizam. Fundada há mais de 100 anos em Billund, Dinamarca, a empresa continua a ser familiar e conta hoje com mais de 31 mil colaboradores, presença em 120 países e fábricas na Europa, Ásia e América.

Desde 1963, os blocos LEGO são feitos com ABS, um tipo de plástico resistente, mas derivado de fontes fósseis. Segundo o jornal 20minutos, só na fábrica de Billund produzem-se cerca de 330 milhões de peças por ano, sendo que globalmente já foram fabricadas mais de 10 mil milhões de minifiguras desde 1978.

Com a ambição de reduzir 37% das suas emissões até 2032 e atingir a neutralidade carbónica até 2050, a LEGO tem investido fortemente em inovação. Desde 2015, testou mais de 600 materiais alternativos. Já introduziu o bioPE, um plástico feito a partir de cana-de-açúcar, e está a utilizar materiais reciclados em peças como rodas e componentes transparentes. Cerca de metade do ABS utilizado já é proveniente de fontes sustentáveis através do sistema mass balance.

Também nas embalagens houve avanços: 60% já são recicláveis e o objetivo é atingir os 100% em papel até 2027. Esta transição exigiu adaptações técnicas significativas nas fábricas.

Apesar de ainda não ter encontrado um substituto perfeito para o ABS, a empresa mantém o compromisso com a qualidade e a circularidade. Como destaca Søren Kristiansen, diretor técnico citado pelo 20minutos, “quanto mais tempo dura um bloco, menos recursos consome por hora de diversão”.

Na prática, os blocos LEGO raramente são deitados fora, passam de geração em geração, o que contribui, de forma silenciosa, para a sustentabilidade.




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