Inês Veloso (Randstad): «A dificuldade do teletrabalho está na liderança, na comunicação»
Como está a pandemia a mudar o mercado de trabalho? Inês Veloso, directora de Marketing da Randstad Portugal, não tem dúvidas sobre o impacto do novo coronavírus na forma de trabalhar das empresas, mas também no recrutamento. Verificam-se, por exemplo, alterações em termos do tipo de perfis procurados: há mais espaço para profissionais de áreas digitais, por um lado, e mais necessidade de substituições em sectores como a indústria, por outro.
Na mais recente Marketeer Talks, conduzida por Maria João Vieira Pinto, directora de Redacção da Marketeer, Inês Veloso adianta ainda outra mudança associada à Covid-19. Segundo a responsável, cerca de 30% dos profissionais tinha vontade de mudar de emprego no pré-pandemia, mas «essa vontade neste momento acabou por ficar contida, face à incerteza».
E será que o teletrabalho veio para ficar? Segundo Inês Veloso, há vários desafios relacionados com o trabalho remoto e o facto de os trabalhadores estarem em casa não é o principal. «A dificuldade está na liderança, comunicação, confiança, engagement. Todos estes factores é que têm de ser trabalhados pela organização», sublinha a responsável, lembrando que não houve tempo para fazer essa preparação. No futuro, se houver as condições certas, este poderá ser um modelo mais apelativo.
«Defendemos sempre que não passámos a teletrabalho. Trabalhamos remotamente por uma questão de necessidade. Fazer teletrabalho é algo completamente diferente», frisa a directora de Marketing.
Acompanhe a conversa na íntegra com Inês Veloso no vídeo em baixo: