Incêndios florestais: uma ameaça global crescente. Saiba como gerir os riscos

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Marketeer
25/06/2025
20:43
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A Allianz Commercial publicou um novo relatório da série Emerging Risk Trend Talk, focado numa das ameaças mais críticas e crescentes para empresas e comunidades a nível global: os incêndios florestais.

O documento revela um cenário cada vez mais complexo e dispendioso, exigindo estratégias robustas de gestão de risco e uma adaptação urgente às novas realidades climáticas. De acordo com o relatório, a frequência, intensidade e alcance geográfico dos incêndios florestais aumentaram de forma significativa na última década, impulsionados pelas alterações climáticas, atividade humana e novas dinâmicas de uso do solo.

Neste contexto, entre 2000 e 2020, as perdas seguradas globais associadas a incêndios florestais multiplicaram-se por mais de seis, subindo de 8,7 mil milhões para 56,3 mil milhões de dólares.

Há ainda a salientar que os incêndios florestais já não são exclusivos de regiões tradicionalmente vulneráveis, como o oeste dos EUA ou a Austrália. Casos recentes no Canadá, Escandinávia, Rússia e Coreia do Sul mostram que áreas antes consideradas de baixo risco estão agora igualmente expostas.

«As empresas devem identificar o risco de as suas operações desencadearem incêndios florestais ou serem afetadas por causas naturais ou humanas, avaliando os potenciais impactos e desenvolvendo planos de gestão de risco bem documentados», afirma Michael Bruch, diretor Global dos Serviços de Consultoria de Riscos da Allianz Commercial.

O relatório destaca ainda a extensão da época de incêndios, que começa mais cedo e termina mais tarde; o impacto crescente na interface urbano-florestal (WUI), com mais pessoas e bens expostos; o aumento dos litígios e responsabilidades legais, especialmente nos setores de energia, construção, agricultura e transportes; e a importância de soluções tecnológicas avançadas como drones, imagens térmicas, câmaras com IA, cartografia SIG e sistemas preditivos de risco.

Entre as recomendações da Allianz para as empresas estão a criação de espaços defensáveis e gestão da vegetação envolvente; a utilização de materiais não combustíveis nas infraestruturas; o desenvolvimento de planos de continuidade de negócios específicos para incêndios florestais; e a daptação permanente a novas tecnologias de deteção, previsão e supressão.

A atenuação dos riscos de incêndio florestal, conclui o relatório, exige uma abordagem integrada, que combine conformidade regulatória, adaptação às alterações climáticas e investimento contínuo em tecnologia e planeamento estratégico.




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