A Geração Z deixou de ser apenas a “geração dos ecrãs” e passou a ser uma força de consumo poderosa, exigente e influente. Com idades entre os 13 e os 28 anos, estes jovens, ao contrário dos Millennials, que procuravam integrar-se ou pertencer a grupos específicos, procuram destacar-se, individualizar-se e expressar-se através do estilo, transformando a moda numa extensão da sua identidade pessoal.
A personalização tornou-se uma prioridade. Os Z’ers valorizam a expressão individual e o auto-branding, seguindo micro-modas e tendências efémeras que surgem nas redes sociais antes mesmo da fast fashion conseguir reagir. A moda de género tornou-se fluida: rapazes pintam o cabelo, raparigas escolhem blazers largos e jeans largos, enquanto cores vibrantes, joias ousadas e óculos marcantes dominam o cenário. Para esta geração, a roupa é mais do que vestuário: é uma forma de comunicar quem são e em que acreditam.
Além de exigentes em termos de estilo, os Z’ers são consumidores conscientes. Gastam de forma criteriosa, procuram promoções e compram frequentemente em lojas de segunda mão, valorizando a sustentabilidade e o valor real do seu dinheiro. As marcas já não podem ignorar práticas éticas; qualquer suspeita de exploração laboral ou impacto ambiental negativo é amplificada nas redes sociais e pode afetar a reputação de uma empresa em tempo real. Estudos recentes indicam que 81% da Geração Z alteraram a sua decisão de compra com base nas ações ou na reputação de uma marca, tornando a fidelidade algo que tem de ser conquistado todos os dias.
Para a indústria da moda, o desafio vai muito além de oferecer o produto certo ao preço certo. Trata-se de criar experiências autênticas, gerar ligação emocional e construir relações com consumidores informados, conscientes e exigentes. A Geração Z não quer apenas seguir tendências; quer ser ouvida, compreendida e refletida nas marcas que escolhe.














