A inteligência artificial (IA) está a permitir aos trabalhadores poupar cerca de 40 a 60 minutos por dia nas suas tarefas, segundo um estudo da OpenAI, criadora do ChatGPT.
Segundo a análise feita junto de nove mil trabalhadores de uma centena de empresas e divulgada pela Folha de S. Paulo, os trabalhadores dos setores de ciência de dados, engenharia e comunicação e contabilidade mostraram conseguir algumas das maiores economias de tempo com o uso da IA. Três quartos dos entrevistados disseram também que o uso de IA no trabalho melhorou a velocidade ou a qualidade da sua produção.
Estes dados surgem numa altura em que, apesar do boom desta tecnologia, ainda permanecem algumas dúvidas quanto à sua real eficácia no aumento da produtividade. Em agosto, investigadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) concluíram que a grande maioria das organizações não obteve retorno sobre os seus investimentos feitos em iniciativas de IA generativa, por exemplo.
Um mês depois, outra equipa de investigação das universidades Harvard e Stanford concluiu que o uso de IA no trabalho está a criar “workslop”, termo definido como “conteúdo gerado por IA que passa por bom trabalho, mas carece de substância para avançar significativamente numa tarefa”.
“Há muitos estudos por aí que dizem isto, aquilo e mais alguma coisa. Eles nunca batem exatamente com o que vemos na prática”, disse Brad Lightcap, diretor de operações da OpenAI, citado pela Folha de S. Paulo, que referiu ainda que a OpenAI está a constatar que “a adoção de IA por parte das empresas está a acelerar praticamente de forma tão rápido como entre os consumidores e, nalguns casos, até mais”.














