IA é crucial para maioria das empresas nacionais focadas em recursos humanos mas poucas estão preparadas para usar os dados

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Marketeer
10/12/2025
15:30
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Embora um número crescente de organizações nacionais planeie reforçar o investimento em inteligência artificial (IA) já no próximo ano, o estudo AI Report no Mercado Português, da Factorial, mostra que ainda existe uma distância significativa entre a utilização da tecnologia e a capacidade de transformar dados em valor estratégico.

O relatório — que analisou o grau de adoção, confiança, impacto e maturidade da IA nas empresas nacionais, com especial foco nos departamentos de recursos humanos — mostra que 80,7% dos profissionais portugueses já utilizam ferramentas de IA no seu trabalho diário, o que demonstra uma adoção transversal que já ultrapassou a fase experimental. E esta utilização regular parece ter mesmo um impacto direto na produtividade, com 77,8% das empresas a afirmarem que a IA aumentou significativamente a eficiência das equipas.

Além disso, 88% dos líderes nacionais confiam nos resultados fornecidos por sistemas de IA, um indicador claro de que a confiança na tecnologia está “solidamente estabelecida” e de que a transformação digital nos recursos humanos “deixou de ser apenas uma tendência para se tornar numa prática consolidada”, refere-se em nota de imprensa.

Segundo o estudo, 46% dos profissionais afirmam que a sua carga de trabalho aumentaria de forma significativa se as ferramentas de IA deixassem de existir hoje, num dado que sublinha o nível de integração da IA nos processos de trabalho e o risco operacional para empresas que ainda não estruturaram estratégias robustas de gestão e interpretação de dados.

Apesar das expectativas elevadas e da confiança generalizada, a maturidade digital “continua a ser um desafio para muitas organizações portuguesas”, uma vez que o relatório revela que, “embora a IA esteja amplamente utilizada, um número reduzido de empresas se considera verdadeiramente preparado para usar os dados gerados, interpretá-los de forma eficaz e transformá-los em decisões estratégicas”.

“A adoção de IA nas empresas portuguesas está a avançar rapidamente, mas a capacidade de transformar dados em decisões estratégicas ainda é limitada. A próxima grande vantagem competitiva estará na maturidade analítica — e não apenas na aquisição de tecnologia”, diz Tiago Cunha, head of partnerships da Factorial, citado em comunicado.




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