Situada em Estremoz, a Herdade dos Casarões aposta na produção de vinhos, azeite e cortiça.
A Herdade dos Casarões dedica-se à produção e comercialização de vinhos que reflectem a essência do Alentejo. Desde 2021, integra no seu portefólio marcas de referência como DIVAI, Povus, Monte da Pestana, Reinadus e Arte Real, levando ao mercado vinhos que unem carácter, identidade e inovação.
O nome da herdade remonta ao início do século XIX. Nasce da tradição, da arte e do cultivo da terra – tão antigos quanto a própria humanidade. Aqui, a natureza impõe o seu ritmo intemporal, sem pressas nem atrasos, numa harmonia perfeita. É deste vínculo entre o vinho e a história de Estremoz, cidade de raízes medievais que remonta ao século XIII, que surge a inspiração da Herdade dos Casarões. Estremoz, com o seu património, as suas tradições e paisagens, torna-se não apenas pano de fundo, mas parte integrante da identidade dos vinhos.
O TERROIR ÚNICO
Localizada em Estremoz, no distrito de Évora, a herdade estende- se por cerca de 200 hectares, dos quais 47 hectares estão actualmente ocupados por vinha.
Os solos, uma combinação rara de argilo-calcários e xistosos, conferem ao terroir autenticidade e singularidade ao perfil dos vinhos.
A produção valoriza as castas tradicionais da região – como Arinto, Antão Vaz, Touriga Nacional – mas abre-se também ao mundo com referências internacionais. Castas como Syrah ou Petit Verdot vêm acompanhando as tendências globais, oferecendo uma fusão equilibrada entre identidade local e visão global.
Mas a herdade não vive apenas da vinha. Existem também zonas dedicadas a oliveiras, montado e outros usos do solo: 38 hectares de oliveiras centenárias para produção de azeite de carácter exclusivo e cerca de 48 hectares de montado para produção sustentável de cortiça, respeitando sempre os métodos tradicionais.
ENOTURISMO E PROXIMIDADE
Mais do que um espaço de produção, a Herdade dos Casarões é um lugar de encontro. Um destino pensado para os amantes do vinho, onde o enoturismo será a ponte entre a arte de produzir e a experiência de saborear.
O visitante pode descobrir um complexo dedicado não só à vinificação, mas também ao prazer da degustação, ao conhecimento e à vivência da tradição. A herdade oferece sala de provas, loja com comercialização dos vinhos, instalações para exposições relacionadas com a arte e a cultura do vinho, e espaços versáteis para eventos privados ou empresariais.
Um dos valores fundamentais da herdade é a proximidade: com a terra, com as pessoas, com os métodos ancestrais e com a arte de fazer vinho. É esse sentimento que a herdade pretende transmitir em cada garrafa e em cada visita, proporcionando uma ligação emocional e memorável. Os visitantes são convidados a vivenciar, passo a passo, a herança e a história que se perpetuam na Herdade dos Casarões.
SUSTENTABILIDADE COMO LEGADO
A Herdade dos Casarões encara a sustentabilidade não como tendência, mas como responsabilidade e herança para as próximas gerações. Num território marcado pela escassez hídrica – com precipitação média anual de cerca de 560 mm/m² (ou valores próximos dessa ordem) –, a gestão da água assume um papel central, recorrendo a nascentes próprias e práticas que minimizam o uso de recursos externos.
A biodiversidade é preservada através da manutenção de olivais e montados, enquanto a protecção das vinhas privilegia o manejo mecânico do solo em vez da dependência pesada de químicos, reduzindo a intervenção ao mínimo necessário. Essa abordagem ecológica reflecte-se também na produção de outros recursos da herdade, como o azeite, a cortiça, e no respeito pela paisagem, fauna e flora autóctones.
O resultado são vinhas mais fortes, uvas mais concentradas e, consequentemente, vinhos que expressam a verdadeira autenticidade da região. Cada garrafa conta uma história – da terra, do clima, dos actos humanos – e transporta consigo um compromisso com o futuro. Na Herdade dos Casarões, cada garrafa é mais do que vinho: é história, natureza e futuro.
Este artigo faz parte do Caderno Especial “Vinhos, azeites e bebidas espirituosas”, publicado na edição de Outubro (n.º 351) da Marketeer.














