A Delta Airlines está a testar um novo sistema de preços que promete agitar (ainda mais) o setor das viagens aéreas: a companhia norte-americana pretende usar inteligência artificial para definir o valor de cada bilhete de forma personalizada, ou seja, diferente para cada passageiro, em tempo real, refere o futurism.com.
Segundo a revista Fortune, «este novo sistema já está em marcha e a Delta espera aplicá-lo a 20% das suas tarifas até ao final do ano. Na prática, isso significa que o preço do voo pode deixar de ser um valor fixo e começar a variar de acordo com o perfil, comportamento e histórico do utilizador».
Embora o conceito de “preço dinâmico” não seja novo, o uso de inteligência artificial eleva o sistema a um novo patamar de sofisticação (e opacidade). Com algoritmos a analisar dados comportamentais, históricos de navegação, localização e outros sinais, as empresas podem ajustar os preços automaticamente para maximizar lucro em tempo real.
Num mercado já complexo e volátil, onde os preços dos voos mudam ao minuto com base em procura e disponibilidade, este tipo de inovação pode tornar a experiência do consumidor ainda mais frustrante — e menos previsível.
Matt Britton, autor do livro Generation AI, alerta que a inteligência artificial está a reescrever as regras do comércio. “Para os consumidores, isto significa que a era dos preços ‘justos’ acabou.”
Resta saber se este modelo de precificação personalizada vai tornar as viagens mais acessíveis para alguns ou apenas inflacionar ainda mais os custos para muitos. Se for bem-sucedido, é provável que outras companhias aéreas e setores sigam o exemplo.














