A Comissão de Transportes do Parlamento Europeu deu um passo firme na defesa dos direitos dos passageiros aéreos ao aprovar uma proposta que garante o transporte de bagagem de mão gratuita na cabine dos aviões, com medidas até 100 cm (em altura, largura ou comprimento). A decisão entra em confronto direto com a posição do Conselho Europeu e com os interesses das companhias aéreas de baixo custo.
A decisão, aprovada com larga maioria (38 em 42 votos), integra a proposta de revisão do Regulamento Europeu dos Direitos dos Passageiros, e reitera a interpretação de que é ilegal cobrar pela bagagem de mão.
A decisão da Comissão de Transportes entra em choque com a mais recente posição do Conselho da UE, que no início de junho aprovou que apenas volumes até 40x30x15 cm poderiam ser transportados gratuitamente a bordo. Ou seja, tamanhos típicos de mochilas ou malas pequenas, e não dos tradicionais trolleys de cabine.
A votação final do Parlamento Europeu poderá ser decisiva. Para aprovar o novo regulamento, será necessária uma maioria absoluta de 361 eurodeputados.
Para os consumidores e profissionais de marketing no setor das viagens, esta disputa não é apenas sobre dimensões de malas. Trata-se de transparência na comunicação de preços, experiência do cliente e confiança na marca. A prática generalizada das companhias low-cost de cobrar suplementos por bagagem de cabine tem sido alvo de críticas por promover preços-base enganadores.














