Compras na Temu, SheIn e AliExpress podem ficar mais caras com esta norma da UE

A Comissão Europeia planeia impor direitos alfandegários a produtos vendidos a preços baixos por websites chineses como a Temu, a SheIn e a AliExpress num esforço para travar o aumento do “número de produtos de qualidade inferior provenientes da China”.

No final deste mês, a Comissão Europeia vai sugerir a supressão do actual limiar de 150 euros abaixo do qual os artigos podem ser comprados com isenção de direitos, revela a Financial Times. Isto significa que o preço final dos produtos poderá aumentar, uma vez que o custo para os fabricantes também vai subir. Em 2023, 2.3 mil milhões de itens enquadrados neste limiar entraram na União Europeia.

Um dos argumentos que leva a entidade europeia a tomar esta decisão prende-se com os produtos perigosos que entram na UE: o número total aumento mais de 50% entre 2022 e 2023 para 3400. Cosméticos, brinquedos, aparelhos electrónicos e roupa estão entre os itens identificados.

A Toy Industrie of Europe refere que em Fevereiro deste ano comprou 19 brinquedos na Temu e nenhum deles cumpria os padrões europeus, sendo que 18 deles colocavam em perigo a segurança das crianças.

Em resposta, a Temu salienta que os 19 brinquedos em questão já não estão disponíveis para venda, acrescentado que “a segurança dos produtos é crucial” e que aumentaram o controlo deste grupo de produtos.

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