A CAPITI – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Infantil promove a 9.ª edição da exposição e leilão solidário de arte contemporânea “CAPITI Art Mind”, que decorre no próximo dia 30 de outubro, no MAAT Central, em Lisboa. A iniciativa, que assinala o Dia Mundial da Saúde Mental, reúne obras de artistas emergentes e consagrados, cuja receita reverterá integralmente para apoiar cuidados médicos e terapêuticos destinados a crianças e jovens de famílias carenciadas.
O leilão “live online” começa já no dia 17 de outubro, através do site do Palácio do Correio Velho, onde as peças poderão ser licitadas até às 21h30 do dia 30, data da exposição. Esta decorrerá entre as 12h e as 19h, na Sala dos Condensadores do MAAT, sendo o momento de encerramento do leilão.
Esta edição conta com a participação de 40 artistas contemporâneos, entre os quais se destacam Alexandre Farto (Vhils), Ana Pérez-Quiroga, Diogo Muñoz, Fernanda Fragateiro, Mariana Horgan, Miguel Palma, Paulo Brighenti, entre outros. Pela primeira vez, alguns artistas foram convidados a criar obras inspiradas na missão da CAPITI, enquanto dois artistas, Mariana Horgan e Diogo Muñoz, trabalharam em conjunto com crianças apoiadas pela associação, num processo de cocriação.
Além disso, a CAPITI lançou um desafio a artistas emergentes através do Instagram, com um júri que inclui João Pinharanda, Diretor Artístico do MAAT, Sebastião Pinto Ribeiro, CFO do Palácio do Correio Velho, e Mariana Saraiva, Presidente da CAPITI. Foram selecionadas 11 obras que se juntam às demais na exposição e leilão.
Desde a sua criação, a CAPITI já apoiou mais de 560 crianças e jovens, tendo proporcionado mais de 17.700 atos clínicos, entre consultas médicas, avaliações e acompanhamento terapêutico, em 13 clínicas parceiras distribuídas por 17 localidades do país. Em 2024, a venda das peças permitiu angariar 78.560 euros, beneficiando o acompanhamento de 78 crianças com perturbações do desenvolvimento e comportamento.
Os dados europeus e nacionais reforçam a urgência deste apoio: quase metade dos jovens na União Europeia indica necessidades não satisfeitas em saúde mental, sendo Portugal um dos países com maior prevalência destes problemas, com cerca de 18,4% da população afetada, segundo a OCDE.
“Cada obra leiloada é mais do que arte: é uma garantia concreta de acesso a cuidados essenciais para crianças em situação vulnerável”, sublinha Mariana Saraiva, presidente da CAPITI, destacando a importância do apoio de artistas e parceiros para a continuidade desta missão.













