Capital do atum é em Porto Santo

O Festival Rota do Atum reúne um concurso gastronómico, showcookings, tertúlias, muita música, fotografia, dança e workshops. De 4 a 9 de Junho, a Madeira faz do atum o “prato principal”.

Esta é a segunda edição do festival, que tem como objectivo, além da animação, «trazer um cartaz turístico para dinamizar Porto Santo no início do Verão e dar a conhecer a importância do atum na nossa economia», detalha Bruno Martins, director-geral do Vila Baleeira Resort, a unidade hoteleira promotora da iniciativa, na apresentação do festival, ontem, durante um jantar no restaurante DesNorte, em Lisboa.

O Festival Rota do Atum vai levar até à ilha alguns dos mais conhecedores do atum a nível regional e chefs nacionais e internacionais para confeccionar o peixe. José Cordeiro, embaixador da edição deste ano, e António Vieira compõem a equipa residente. Este ano, o festival conta com chefs de três países convidados: Japão, Filipinas e Austrália, além dos profissionais de Espanha, Itália e França, que já tinham participado na primeira edição.

A iniciativa “O Atum é a Estrela” é o concurso gastronómico que promete ser o momento alto do evento, aberto a profissionais de cozinha com restaurantes em Porto Santo. Elege os três melhores cozinheiros e este ano, além da categoria “profissionais”, haverá também a categoria “restaurantes”: 15 restaurantes associados, de um total de 35 licenciados em Porto Santo, irão participar. Abrindo a iniciativa à ilha, também diversos fornecedores e outras unidades hoteleiras, como o Pestana, irão associar-se ao evento, que pretende ser uma alavanca para promover o peixe que mais abunda ao largo de Porto Santo, assim como o próprio turismo na região. Por isso, conta também com o apoio da Secretaria Regional de Agricultura e Pescas, da Secretaria Regional de Turismo e Cultura da Madeira e da Associação de Promoção da Madeira.

A entrada no festival é livre. Os menus de almoço da rede de parceiros terão o preço fixo de 20 euros, ao jantar 25 euros e há ainda o menu snack com preço variável. Em termos gastronómicos, prometem muita diversidade e riqueza na apresentação do atum, desde os pratos mais típicos, da muxama à estupeta, a tantos outros arrojados. «Estamos a falar de atuns com 70 a 100 quilos. Num dia abri sete atuns», conta o chef António Vieira, referindo-se à primeira edição no ano passado.

Os visitantes podem ainda contar com a realização de visitas aos atuneiros, acompanhadas por pescadores, ou showcookings, música, fotografia, dança, tertúlia e workshops científicos a explicar as diferentes espécies e rotas. E tudo num «ambiente de praia e familiar», promete Bruno Martins, que não sabe ainda quantas pessoas vai captar.

Já a escolha da ilha não é inocente, pois é lá que se desenvolve a maior prática de pesca de atum a nível nacional, responsável por mais de 60% da quota total. Para o ano, a intenção é mais ambiciosa. Mais de 50 países estão ligados à Rota do Atum: «Queremos trazê-los e fazer o intercâmbio entre países, levando Porto Santo além-fronteiras», confidencia Bruno Martins que deixa escapar que se tivesse de escolher outra região para acolher o festival seria o Algarve.

Texto de TitiAna Amorim Barroso

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