Balanço positivo

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«Somos procurados pela nossa hospitalidade, genuinidade e singularidade, sendo um destino de tradições e emoções, oferecendo cada vez mais um produto qualificado e certificado. A nossa natureza encantadora proporciona uma ligação harmoniosa com os turistas, quer em terra, quer no mar, realçando o cuidado na preservação e segurança, que fazem dos Açores um dos 100 destinos mais sustentáveis do mundo.

Tendo em conta o posicionamento do arquipélago no panorama turístico mundial, há intenção de consolidar o actual nível de notoriedade do destino, através de acções eficazes de promoção, desenvolvendo métodos para acompanhar as tendências actuais, não esquecendo as nossas origens e as nossas gentes. O turismo assume o papel de uma força indutora de desenvolvimento em outros sectores de actividade, contribuindo para gerar riqueza e melhorar a qualidade de vida de todos os açorianos.

A forma mais económica que temos de exportar é fazer com que quem nos visita consuma os nossos produtos. Uma região insular e arquipelágica como os Açores tem associados custos de contexto, nomeadamente os de transporte. O turismo veio criar uma dinâmica económica em que todos beneficiam, de Santa Maria ao Corvo, construindo um destino cada vez melhor, que visa sustentabilidade económica, social e ambiental. Numa região como a nossa, o turismo só é bom se o for efectivamente para quem cá vive, nomeadamente através da criação de riqueza, gerando e preservando postos de trabalho.

Apesar de sermos nove ilhas, não queremos, nem temos condições para um turismo massificado. O objectivo dos Açores é promover um turismo associado ao que de melhor a região tem para dar, que é a natureza. Essa é a nossa galinha dos ovos de ouro, aquela que nós preservamos a todo o custo e da qual nunca abdicaremos. Em 2013, o índice de sazonalidade na hotelaria tradicional situava-se nos 58%, estando em 2018 na ordem do 49%, o que representa uma redução assinalável. Em 2001, este indicador era praticamente idêntico ao registado na actualidade, mas tratava-se de um contexto completamente diferente, pois, no início deste século, houve uma aposta nos voos da Escandinávia no Inverno, numa fase em que o turismo de Verão era muito fraco comparado com os níveis actuais.

Obtiveram-se índices de sazonalidade ligeiramente mais baixos que o actual, no período 2000-2004. Hoje, temos um número de dormidas praticamente quatro vezes superior, numa base bem sustentada e, claro, com níveis de rentabilidade da hotelaria que traduzem motivos de satisfação para qualquer empresário do ramo. É bem exemplificado pelas receitas totais da hotelaria tradicional, que eram, em 2001, menos de sete milhões de euros, tendo alcançado, em 2018, os 95 milhões de euros.

Em 2018 voltámos a ter um novo recorde de sempre de hóspedes e dormidas nos Açores, com um crescimento superior ao crescimento médio mundial do turismo, facto que tem acontecido todos os anos desde 2015, para além de termos ultrapassado pela primeira vez a fasquia dos 2,5 milhões de dormidas na região, representando um crescimento de 7,5% face ao ano anterior. O sector do turismo, em 2017, já representava cerca de 12% da população empregada, contando com cerca de seis mil colaboradores por conta de outrem em alojamento, restauração e similares, o que comprova o já grande peso do turismo enquanto actividade económica de grande dinamismo.

Considerando o número de empregados de outras actividades, como a animação turística, as rent-a-car, já para não falar de várias áreas do comércio, que também beneficiam da dinâmica turística, ou mesmo do alojamento local, este peso seria, seguramente, muito superior. Por outro lado, de 2013 para 2018, conseguiu-se reduzir em oito pontos percentuais o peso da taxa de sazonalidade que os meses de Junho a Setembro detinham em termos de dormidas na hotelaria tradicional, uma evolução muito favorável, que significa que se está a conseguir, gradualmente, assegurar maior rentabilidade às unidades hoteleiras nos meses mais baixos.

Prémios

No seguimento do evento Sustainable Top 100 Destination Awards de 2019, realizado na ITB, os Açores conquistaram o 2019 Top 100 Certificate, pela quinta vez consecutiva. Esta é uma distinção que coloca os Açores na elite mundial de destinos sustentáveis, contribuindo, assim, para a diferenciação e notoriedade internacional. Muito mais do que uma galardoação é o reforçar do trabalho desenvolvido por todas as entidades, empresas e, sobretudo, o povo açoriano, em preservarem a sua terra.

É a combinação entre o desenvolvimento do turismo em todas as nove ilhas dos Açores e a ambição de guardar por muitos anos o que a mãe natureza ofereceu a este belo arquipélago. No seguimento dessa vontade social tem sido desenvolvido um trabalho árduo de consciencialização, bem como o desenvolvimento de diversas ferramentas e metodologias, para que se continue a desfrutar das deslumbrantes paisagens e de um tecido empresarial preocupado e alertado para os cuidados sustentáveis que a posição mundial dos Açores exige, hoje e sempre.

Detentores de um património subaquático rico, diversificado e multigeracional, os Açores foram considerados pela UNESCO um dos cinco exemplos que representam as melhores práticas para a protecção do património cultural subaquático, a par de projectos em Espanha, França, México e Eslovénia. Estes projectos promovem o acesso público responsável ao património cultural subaquático e asseguram a sustentabilidade de sítios arqueológicos.

A UNESCO adoptou em 2001 a Convenção sobre a Protecção do Património Cultural Subaquático, que visa aumentar a preservação dos vestígios arqueológicos com valor cultural e histórico. O objectivo dos Açores é continuar a desenvolver mecanismos para aumentar a notoriedade do destino, aproveitando o contínuo trabalho de sustentabilidade e conservação, para impulsionar o reconhecimento internacional do arquipélago, tendo sempre como premissa a preservação das nove ilhas.

Eventos

Os Açores são dinâmicos! Muito mais do que ilhas que vivem só pela encantadora natureza ou que apenas se animam na época alta. Eventos desportivos, culturais, recreativos, de animação e de negócios são mais uma das atracções deste arquipélago, que oferece uma paleta de experiências. A notoriedade de um destino conquista-se pelas vivências e pela diversidade, mas também, e sobretudo, pela qualidade de proporcionar momentos marcantes.»

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