André Rabanea e Pedro Alegria fazem reset à Torke CC
Depois de dois anos afastado da gestão operacional e da criatividade da Torke CC, André Rabanea está de volta à agência que fundou em 2005. E chega decidido a começar (quase) do zero. «A empresa dava dinheiro, mas tinha-se tornado uma agência que não era onde eu queria trabalhar. Não tinha vontade de ser o director criativo, nem sequer de ser estagiário ali», conta à Marketeer.
Agora, tendo como sócio apenas Pedro Alegria (Diogo Teixeira, Ricardo Fonseca, Hugo Tornelo e Rodrigo Rodrigues venderam-lhes as participações que tinham), André Rabanea promete trazer a criatividade de volta ao centro da agência e apresenta a assinatura “Creativity at the core”. Além disso, garante que os sócios vão estar envolvidos em todos os projectos. «Não deixaremos os clientes e parceiros com o estagiário.»
O que move os dois sócios não é trabalhar com a marca X ou Y, mas sim trabalhar com pessoas interessantes e que acreditem que a criatividade vai levar alguma diferença para o negócio. «Tenho muito mais prazer em quem é o director de marketing ou de inovação com quem vou falar do que se ele está numa empresa chata ou interessante!» O único requisito é que sejam projectos bons e divertidos, nada impedindo a Torke CC de trabalhar com outras agências.
Creativity at the core
Neste renascimento, a Torke CC vai focar-se em cinco grandes áreas. A área da agência de criatividade + guerrilha vai responder a briefings. Mas André Rabanea assegura que não vão entrar em concursos e que não vão roubar clientes a ninguém. «Não queremos contas, queremos projectos», reforça.
A segunda área core da Torke CC é a que se dedica à metodologia de co-criação Ideators. «Temos um preço tabelado de 12.500 euros para resolver o problema num dia e entregar o relatório do problema resolvido. Já fizemos mais de 250 no mundo inteiro e em Portugal já fizemos com quase todos os clientes», explica.
A área que se segue dá pela designação de Creative-You. Trata-se de uma ferramenta online em parceria com a Ordem dos Psicólogos para medir o potencial criativo das pessoas e das organizações. A partir daí, explica o fundador da Torke, pode-se trabalhar a formação. E a área da formação é precisamente a quarta área de trabalho da Torke CC. Denominada Creative Academy foca-se na formação criativa incluindo palestras, cursos, aulas e creative retreats.
Por último, mas não menos relevante, está a Creative Builder. «Eu e o Pedro levantámos um fundo de 250 mil euros para investir em novas ideias, em criadores de conteúdo da área da criatividade na sua fase embrionária.» A ideia é apoiarem pequenos projectos, um apoio que passará muito por mentoria dos dois sócios.
Texto de Maria João Lima